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terça-feira, 7 de junho de 2011

TCU identifica risco nas obras para Copa de 2014
Pedro do Couto
     Em seu relatório sobre as contas do governo federal relativas a 2010 e a respeito do desempenho da economia e da administração brasileira, o Tribunal de Contas da União identificou a existência de riscos de as obras para a Copa de 2014 não estarem concluídas no prazo previsto. O texto integral do trabalho está publicado  no Diário Oficial de 3 de junho e a matéria, aprovada por unanimidade, teve base em parecer do ministro Aroldo Cedraz.
     Ao proceder a um levantamento de possíveis riscos associados ao evento – assinalou Cadraz – o Tribunal verificou a ausência de informações objetivas e o desconhecimento de obstáculos que limitam o andamento normal das obras. Constatou-se que algumas sedes correm o perigo de terem estádios ociosos após a Copa.
     Além desse dado que, na realidade, destaca falta de planejamento lógico e adequado, o TCU observou que no que se refere aos aeroportos surgiu a dúvida de que a capacidade operacional da Infraero não seja suficiente para executar os investimentos programados. Consequentemente poderá não viabilizar a conclusão das obras no tempo oportuno. Vejam os leitores – digo eu – quanto pesa a força da inércia. Tudo entre nós fica para a última hora.
     E isso, aí e que está, pelo menos funciona para duplicar ou triplicar os custos. Temos os exemplos dos Jogos Panamericanos e da Cidade da Música. Solução ótima para as empresas empreiteiras e alguns grupos. Péssima para o erário público.
     A Copa depende também da mobilidade urbana, ou seja, em linguagem mais clara, dos sistemas de transporte rodoviário e ferroviário, vale acentuar.
     Neste setor – assinalou Aroldo Cedraz – constatou-se que até o final de abril do ano passado nenhuma obra havia sido contratada. Assim existe o risco de que os financiamentos liberados tenham sido com base apenas em projetos conceituais, com algum nível de detalhamento, mas que não podem ser caracterizados como básicos nos termos da legislação brasileira.
     O relatório do Tribunal de Contas – acredito – deve servir de alerta para a presidente Dilma Roussef no sentido que confie menos nas informações douradas sempre conduzidas à mesa dos  governantes e se envolva mais diretamente na questão. Isso porque, quanto maior for a distância entre o poder e seus braços executivos, menor será a eficiência, mais caras as obras, mais lentas se tornam. Juscelino Kubitschek estava sempre presente em todas. Os resultados foram os melhores possíveis. Um exemplo bem à mão e ao pensamento da presidente da República.
      Outro ponto do relatório. O TCU revelou que o crescimento do PIB no ano passado alcançou a cifra de 7,5%. Como pela lei em vigor, o salário mínimo de 2012 será reajustado à base da soma do PIB de 2010 com a taxa inflacionária a ser registrada em 2011, se a data marcada fosse hoje, o aumento nominal seria 14% sobre os atuais 545. PIB de 7,5 mais o índice inflacionário de 6,5%.
       Um terceiro enfoque, este esclarecendo a situação da Previdência Social, sem considerar, é claro, a incidência da tradicional corrupção no INSS e a dívida das empresas, no montante de 162 bilhões de reais, e que se eterniza por uma omissão comprometedora. O setor urbano – conclui Aroldo Cedraz – apresentou no ano passado um superávit de 7,8 bilhões. O setor rural, entretanto, apresentou um déficit de 50,7 bilhões de reais. Qual a razão de tal diferença? Pergunto eu. A resposta não deve ser difícil.
Comentando: Será que vai sobrar para Mato Grosso? Do jeito que andam as coisas ainda tem muito por conversar e colocar em pratos limpos. Confiar desconfiando. É questão de tempo.

O PT em pé de guerra
A crise no PT é mais profunda do que os companheiros tentam fazer crer. Adiantam pouco os esforços da presidente Dilma em aproximar-se deles, porque mesmo sem terem coragem de apresentar-lhe listas de reivindicações, ela deve saber muito bem que a crise em torno do ministro Antônio Palocci só aumentou a dimensão das goelas abertas.
O novo presidente Rui Falcão continua repetindo que a hora é do PT e que o apoio ao governo situa-se na razão direta da participação na máquina administrativa e em suas decisões.  Se os petistas nem se mexeram  para  defender o chefe da  Casa Civil, imagine-se quando a foice chegar perto do pescoço de ministros de outros partidos. E parece estar se aproximando.
Comentando: Em Mato Grosso o procedimentos de alguns petistas não é ddiferente. O PT está em crise.

Circula na internet um aviso sobre o
aperfeiçoamento do chamado golpe
do falso sequestro
 Ênio Ferreira Andrade
     O nível de conhecimento dos criminosos está aumentando. E o famoso golpe do falso seqüestro já ganhou uma versão muito mais avançada. Por isso, a Polícia está instruindo as pessoas a não responderem nenhuma entrevista ou pesquisa nas ruas, nem fornecer informações curriculares a não ser diretamente para empresas.
Outras dicas: não coloque curriculum em sites da internet e nunca desligue os celulares.  Coloque-os na posição “silencioso”. Em caso de cinemas, coloque-o também para que simplesmente acenda a luz. Assim saberão se algum parente está ligando…
     O novo golpe funciona assim: próximo às entradas dos cinemas, um falso pesquisador faz uma suposta entrevista com os jovens sobre algo interessante, como um novo filme a ser lançado, quais os artistas preferidos, preço dos ingressos etc.
Depois, alegando participação em um “sorteio”, pegam então o nome, telefone celular, fixo e residencial, endereço, nome dos pais. Discretamente, o pesquisador também anota algumas características como as roupas, cor do cabelo etc. E em seguida pedem para não esquecer de desligar o telefone celular e não incomodar outras pessoas no interior do cinema durante a exibição do filme.
     Assim, têm duas horas para aplicar o golpe do seqüestro. Depois que as pessoas entram no cinema, eles ligam para o “entrevistado”, para ver se o celular está mesmo desligado. Então telefonam para a casa da pessoa. O bandido diz o nome completo do falso sequestrado, as características físicas, como cabelo, estatura, roupas. E diz ainda: “Ligue para seu filho, se acha que estou mentindo. O número dele é este, mas na briga para sequestrar seu filho, o celular caiu e quebrou”.
     A família liga e o telefone não atende. Está armado o golpe. E o resgate é logo pago, da forma que os criminosos exigem

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