Páginas

domingo, 31 de julho de 2011

 “A droga me tirou tudo”
A morte de Amy e o drama de quatro brasilienses que lutam contra o vício
A conturbada trajetória de Amy Winehouse reacendeu a polêmica sobre o mito de que as drogas potencializam a criatividade. As evidências, até mesmo cientificas, indicam o contrário. São muitas as histórias, como mostra a repórter Renata Mariz, de quem se perdeu achando que melhorava a cada dose. É o caso de Patrick, 26 anos. Músico talentoso, ele viu a carreira degringolar quando começou a tocar “doidão”, depois de cheirar cocaína, tomar ecstasy ou LSD. Achava que arrasava, quando na verdade perdia a coordenação e se atrapalhavam com a guitarra . Estudante, Juliano, 18, também pagou mico. Drogado, pensava que era o máximo na bateria, até enxergar três pedais – e descobrir que fazia tudo errado. De pai alcoólatra, e marido também, Camila, 46, começou a beber para aplacar a impotência diante do vício alheio. Acabou refém do álcool. O mesmo álcool que foi o inicio do fim para Rodrigo, 35. Chef de uma conhecida pizzaria da cidade, ele venceu a pobreza. Comprou casa. Mas se afundou na bebida, passou pela cocaína e acabou no crack. Perdeu tudo o que tinha para as drogas. É dele a frase que virou a manchete do Correio de hoje.
Essa tal cultura mato-grossense
     A cultura mato-grossense sempre pertenceu aos grupinhos, grupelos ou grupanhada. Isso desde quando eu entendo por gente. E eu virei gente desde o tempo em que Agrícola Paes de Barros deu-me espaço, no seu jornal “Brasil Oeste”,  para entrar  no jornalismo. Deixa isso pra lá, pois; continuo vendo a cultura, em Mato Grosso, do mesmo jeito e o jornalismo na base da “verba de zelo”. Chega! Estou falando além do que é permitido...
     Pesquisa de opinião pública, também, tenho lá minhas dúvidas quando ela é feita por quem tem ligação direta e financeira com o pesquisado. Ainda quando esse pesquisado é poliitico ou homem da administração pública. Deixa isso pra lá. Estou falando muito..
     Do pastel frito que comi ao lado do Lorenzo, naquele bequinho da Matriz ou Catedral, devo dizer que me fez mal, mas eu sabia disso. Sou do tempo do pastele caseiro em que a massa era feita em casa com todo cuidado. E pastel era só no domingo valorizando a macarronada com galinha. Agora é galeto. Vou de bife.....Pior, bife de supermercado...
     Voltando à cultura quero dizer que é preciso ter cultura para discutir essa história de privatização da Sanecap. Agora, não é preciso ter muita cultura para dizer que Galindo & Cia. tentaram ‘um golpe de Zé Mané” que não deu certo. Nem precisava de golpe...E eu posso dizer que a emenda saiu pior que o soneto. O nível de cultura está aquém do que possa o povo entender. Entendeu?      
     Nada a comentar sobre o assassinato do jornalista Auro Ida. Assunto para a polícia. Segurança, nem se fala. Na missa de sétimo dia o padre celebrante ficou mais emocionado com a presença do ex-governador, ex-senador e deputado federal Julio Campos que o sentimento de todos com o passamento de um jornalista, no caso, Auro Ida. No meu tempo esse era um pecado venial. Que Deus o perdoe...
      Agora, veja só, segundo o jornalista Carlos Newton, “a corrupção do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes) é tão ampla e disseminada que a direção da Polícia Federal decidiu não abrir inquéritos específicos para apurar as novas denúncias, por não ter condições de conduzir tamanho número de investigações simultâneas.” E agora, o quê fazer? Tem problema, os corruptos estão soltos por ai. Que se cuidem os corruptores...
     Por falta de asssunto, vou ficando por aqui....Prometo um dia fazer uma crônica de amor. Que é do amor?
(Jê Fernandes, jornalista, radialista, poeta, cronista, contista, conversador fiado nas horas vagas e, o que mais? Ah! Doméstico. E-mail: gntfjornal@gmail.com,/ Blog: (www.jefernandesanotaecomenta.blogspot.com

sexta-feira, 29 de julho de 2011

.Férias de 60 dias de juízes causam revolta
Estudiosos do sistema judiciário, trabalhadores em geral e centrais sindicais reagiram ontem à defesa, por associações de juízes, das férias de 60 dias para a categoria. Todos acham que magistrados são trabalhadores como os demais e não podem ter privilégios.(O Globo)

Parece brincadeira. Mas a corrupção do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes) é tão ampla e disseminada que a direção da Polícia Federal decidiu não abrir inquéritos específicos para apurar as novas denúncias, por não ter condições de conduzir tamanho número de investigações simultâneas.
A Polícia Federal tem em curso hoje mais de 60 inquéritos abertos para apurar denúncias de desvios de dinheiro público em obras rodoviárias controladas pelo Dnit. As investigações estão centradas em dirigentes estaduais, mas algumas delas poderão atingir ex-diretores nacionais, afastados dos cargos nas últimas semanas por ordem da presidente Dilma Rousseff, e políticos com foro privilegiado.
A série de denúncias já resultou na queda do ex-ministro Alfredo Nascimento e de mais 19 dirigentes do setor. O pedido de abertura de novos inquéritos foi feito à Procuradoria-Geral da República e ao Ministério da Justiça por parlamentares da oposição. Para eles, não basta a demissão dos envolvidos, e a polícia tem de investigar a fundo todas as acusações.
Mas a Polícia Federal não tem mais equipes nem recursos para disponibilizar. E justifica a suspensão de novas investigações, argumentando que todas as acusações publicadas ao longo da crise no Ministério dos Transportes já estão sendo apuradas nos inquéritos em curso em praticamente todas as superintendências. Não há dúvida, é uma maneira educada, sutil e eficiente de a Polícia Fereal declarar que não tem condições de abrir mais inqueritos (Carlos Newton)

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Copa 2014 dribla sexta-feira 13
Por superstição, abertura é antecipada para a quinta A Copa do Mundo do Brasil vai romper uma tradição dos últimos três Mundiais: não começará numa sexta-feira. A razão é a superstição. Para driblar o azar da sexta-feira, dia 13 de junho de 2014, o jogo de abertura, com a presença da seleção brasileira, e possivelmente no novo estádio de São Paulo, foi antecipado para o dia 12, uma quinta-feira. O anúncio foi feito ontem pelo presidente da Fila, Joseph Blatter, na Marina da Glória, local do sorteio dos grupos das eliminatórias no sábado. (Págs. 1 e Caderno Esportes /Globo)
Maioria dos brasileiros é contra união gay, diz Ibope
Pesquisa feita pelo Ibope Inteligência revela que 55% dos brasileiros são contrários à decisão do Supremo Tribunal Federal que autoriza união estável entre pessoas do mesmo sexo, informa José Roberto de Toledo. Mas o tema divide a população: 52% das mulheres são a favor enquanto 63% dos homens são contra. Foram ouvidas 2 mil pessoas e as opiniões variam muito em função da religião, idade e escolaridade (O Estado de São Paulo)
BLINDAGEM POSTA À PROVA
Romero Jucá tem sido o mais blindado dos políticos, individualmente, nos últimos dezessete anos. Governador de Roraima, ministro da Previdência Social no governo Fernando Henrique, depois líder do governo do sociologo e em seguida do Lula, agora de Dilma, no Senado, ele tem sido alvo de mil e uma denúncias de irregularidades, mas nenhuma pegou. Até agora. Pode ser diferente, na última, de que utilizou um pedreiro e um vendedor avulso como “laranjas” para empresas prestadoras de serviços para o governo. Desaba sobre seus ombros o conjunto da obra. Defender-se será mais do que um direito, pois obrigação do senador, havendo quem veja trincas na sua armadura.
AINDA AS EMPREITEIRAS
Fica difícil deixar de fazer a pergunta que não quer calar: entre tanta sujeira envolvendo pelo menos 19 ex-funcionários do ministério dos Transportes, não se tem notícia de investigações sobre as dezenas de empreiteiras que contribuíram com propinas para eles? Vale repetir a velha história de que onde existem corruptos não podem faltar os corruptores. Quais são essas empresas? E seus responsáveis? Também dirão não saber de nada, ou seja, vão jogar nos ombros seus pequenos funcionários a culpa pelas lambanças? Quanto de dinheiro público irregular foi parar em seus cofres? Será possivel que tenham sido apenas chantageadas?
2014 DEPENDERÁ DE 2012
As eleições para as prefeituras das capítais constituem a grande preocupação dos principais partidos. Aqueles que tiverem conquistado São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e outras de destaque, mesmo menores em número de eleitores, estarão armando estruturas capazes de interferir na sucessão presidencial de 2014.
Trata-se do fator diferencial em condições de virar o jogo das previsões da invencibilidade do Lula ou do lulismo, sem o ex-presidente ceder a vaga para o segundo mandato de Dilma Rousseff.
Três vertentes começam a formar-se para a disputa do próximo ano: o PT fechará antecipadamente a conta da sucessão presidencial caso vença em três ou quatro das cidades acima referidas, mesmo dispondo apenas dos governos do Rio Grande do Sul, da Bahia, Sergipe e Acre.
O PSDB tem consciência da importância de Aécio Neves disputar a presidência da República escorado não só nos seus governadores, como os de São Paulo, Minas, Paraná, Goiás, Tocantins, Alagoas e Pará.
Já para o PMDB não bastam o Rio, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão.
Tudo por razão muito simples: mesmo mantendo sua influência, foi em 2010 que os governadores venceram, exprimindo as tendências do eleitorado. Para 2014, muita coisa terá mudado, tornando-se necessária, assim, aferição mais próxima e atual. No caso, através da eleição para as prefeituras das grandes capitais, em 2012.
Existem variáveis desestabilizadoras do raciocínio exposto: e os demais partidos? É bom não esquecer o PSB, que domina os governos do Ceará, Pernambuco, Amapá, Piauí, Paraíba e o Espírito Santo. Manterá esses resultados nas respectivas capitais?
Cada partido precisará de nomes de farta envergadura, na corrida presidencial, mas apoiados pela eleição mais recente, a do ano que vem

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ainda comentando sobre a privatização da Sanecap, o presidente Julio Pinheiro dá entrevista e contradiz. “Quem contradiz mente!”

O assassinato de Auro Ida devide opiniões e desejos no meio politico. Uns querem que seja “passional”e outros torcem por “queima de arquivo”. Assim como uns torciam pelo VLT e outros pelo BRT. Certos politicos querem tirar vantagens até na hora da morte de “amigo”.

Dnit foi todo loteado por partidos nos estados
As 23 superintendências do Dnit nos estados foram loteadas entre partidos aliados desde o governo Lula, sendo que 12 delas ainda estão nas mãos do PR do ex-ministro Alfredo Nascimento. O superintendente de São Paulo, Ricardo Rossi Madalena, já foi condenado e cumpriu pena por desvio de cimento. No Rio, Marcelo Cotrim Borges é indicação do PR paulista. (O Globo)
Um dia depois, Pagot já faz consultoria
Sem cumprir quarentena, pouco depois de formalizar a saída do cargo de diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot se reuniu com empresários interessados em sua consultoria.
NOVIDADES NO RETORNO DOS DEPUTADOS
Semana que vem deputados e senadores estarão de volta a Brasília. Aproveitaram as duas semanas de recesso para visitar suas bases, mesmo os que tomaram o rumo do exterior. Retornarão preocupados. Salvo exceções, foram cobrados. No primeiro semestre os governistas cuidaram quase exclusivamente de seus próprios interesses, empenhados em obter nomeações e benesses do palácio do Planalto. Mesmo sem conseguir a maior parte de suas reivindicações, perderam tempo na apresentação e votação de projetos capazes de sensibilizar seus eleitores. Os oposicionistas também tiveram pouco a apresentar. Nem discursos, como seria de esperar, quanto mais campanhas em condições de despertar entusiasmo.
O resultado é que pelo menos no plano das intenções, voltam dispostos a recuperar o tempo perdido. No PSDB, DEM e penduricalhos, a proposta será de desenvolverem ampla cobrança diante das irregularidades acontecidas no ministério dos Transportes e adjacências. O governo deve esperar convocações e até a formação de CPIs.
Já os partidos da base oficial chegarão dispostos a respaldar projetos e interesses do governo, mas desde que sejam atendidos em duas vertentes: conseguir a liberação de verbas relativas às emendas individuais ao orçamento e, se possível, uma ou outra nomeação. Como também esperam, PMDB, PT, PTB, PP e PDT, a garantia de que seus ministros passarão ao largo da tempestade abatida sobre o PR. Em suma, dúvidas.
A CARTA MISTERIOSA DE PAGOT
Ao ministro Paulo Passos, dos Transportes, Luiz Antônio Pagot entregou carta protocolar afastando-se do Dnit. O texto foi divulgado pelo gabinete do ministro, encerrando o episódio. A dívida é a carta lacrada, dirigida à presidente Dilma, que Pagot deixou com o ministro Gilberto Carvalho. Pela grossura do envelope, imagina-se um conteúdo explosivo. Aquilo que já agora ex-diretor-geral do Dnit omitiu em seus depoimentos na Câmara e no Senado pode muito bem estar sobre a mesa de trabalho da presidente, se é que ela ainda não abriu. Dizem as regras da boa educação e da cautela caber a quem recebe divulgar ou não o texto recebido. Em política não tem sido sempre assim. Resta aguardar.

terça-feira, 26 de julho de 2011

José Riva pode dar “dicas”para a polícia sobre assassinato de Auro Ida. Foi ele quem primeiro levantou a hipótese de “queima de arquivo”. E foi mais longe, confessou que Auro teria conversado com ele sobre algumas ameaças que vinha sofrendo.Riva não foi ao velório, mas mandou o irão Priminho Riva.

O vereador Éverton Pop deu um fora ao dizer que “sou a favor sim e, votei consciente a favor da privatização da Sanemat”. Votou sim, sem conhecer o Regimento Interno da Casa.Exemplo de vereador!!!!!!!
Caso Auro Ida ainda não tem nada esclarecido
Crime passional 80% e “queima de arquivo” 20%

Assembléia em recesso e o novo saite paradão

Riva e Eder perderam % VLT. Silval assume BRT

Depressão, o mal que avança sobre o Brasil
País registra a maior incidência da doença entre as nações em desenvolvimento
Difícil de ser diagnosticada. Muitas vezes confundida com uma simples tristeza. Mas, na verdade, um distúrbio devastador. Assim é a depressão. Classificada pela Organização Mundial de Saúde como o mal do século, a enfermidade já atinge 121 milhões de pessoas no planeta - número quatro vezes maior que o de portadores do vírus da Aids. E a situação vai se agravar, relatam as repórteres Paloma Oliveto e Rebeca Ramos. Estudos de pesquisadores ligados à OMS mostram que a doença avança mundo afora. É, hoje, a quarta que mais incapacita no mundo. Em 2020, será a segunda. E, em 2030, a primeira, à frente do câncer e de algumas doenças infecciosas (Correio Braziliense)

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Crise no Dnit: Pagot pedirá demissão hoje
O diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que resistia a sair do cargo dizendo-se injustiçado com as denúncias de corrupção, entregará hoje sua carta de demissão ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. O Planalto temia que Pagot saísse fazendo denúncias contra o governo, mas ele foi convencido por seu padrinho político, o senador Blairo Maggi (PR-MT), a se acalmar. "Recomendei a ele não ficar buscando mais confusão", disse Blairo. A faxina no Dnit continuará: os últimos 3 diretores ligados ao PR devem ser demitidos em agosto, assim como superintendentes. (O Globo)
Polícia mata uma pessoa no Brasil a cada cinco horas
São 141 assassinatos por mês ou 1.693 por ano. Bastariam esses dados para colocar a polícia brasileira como uma das mais violentas do mundo. Mas a realidade ainda é bem pior. Esses números, levantados pelo Correio, estão baseados apenas em informações oficiais do Ministério da Saúde e das secretarias de Segurança Pública de São Paulo e do Rio de Janeiro. Nessa guerra, as principais vítimas são jovens de 15 a 29 anos (70%). No Rio, no ano passado, as ações de agentes civis e militares resultaram na morte de 545 pessoas, o maior número do país. Entidades não governamentais também acreditam que esses dados são subestimados. No Distrito Federal, por exemplo, o sistema de informação da pasta registrou somente três óbitos desde 2004.(Correio Braziliense)
CNJ fecha cerco contra o calote de precatórios
Já está em operação o Cadastro de Entidades Devedoras Inadimplentes (Cedin), que registra o nome dos governos estaduais e prefeituras que deixam de pagar os precatórios parcelados, nos termos da emenda constitucional 62. Se um Estado ou município estiver no Cedin, não poderá receber empréstimos internos ou externos e nem transferências voluntárias da União, de acordo com a resolução 115 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Deverá também ter retido um valor do Fundo de Participação dos Estados (FPE) ou do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em montante equivalente à parcela mensal dos precatórios que deixou de pagar.
"Basta que o presidente de um Tribunal de Justiça informe ao CNJ que um município ou Estado está inadimplente com o parcelamento dos precatórios para determinarmos a retenção de quantia equivalente do FPE ou do FPM", explicou o ministro Ives Gandra Martins Filho, do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e coordenador dos estudos sobre precatórios no âmbito do CNJ.(Valor Econômico)

domingo, 24 de julho de 2011

Maldição dos 27 cala a voz do século 21
Amy Winehouse * 14/09/1983 + 23/07/2011
Uma tragédia anunciada. A cantora e compositora britânica foi encontrada morta no chão de casa em Londres. Com apenas oito anos de carreira e dois álbuns, Amy Winehouse segue a sina de ícones como Jim Morrison, Janis Joplin, Jimi Henrix e Kurt Cobain. Todos com uma conturbada trajetória que envolvia altas doses de álcool e drogas. A autópsia está prevista para hoje. Essa é a manchete principal do jornal correio Brasiliense deste domingo.
O drama de quem vai perder a casa por causa da Copa
Essa matéria você encontra no correio Brasiliense deste domingo
O país onde mulher negra não tem vez
Desemprego entre homens brancos no Brasil é de 4,4%, menor que a média nacional. Entre elas, o índice mais que dobra: salta para 9,2%. Matéria do Correio Brasiliense
----------
Gasto com frota da PM compraria 1.200 carros
Os gastos do estado com a manutenção terceirizada de carros da PM – R$ 47 milhões – seriam suficientes para triplicar a frota. O Ministério Público investiga indícios de superfaturamento no negócio.Assunto da Folha  ded São Paulo e cabe muito bem para Mato Grosso onde se terceiriza carros e outras coisas.
---

sábado, 23 de julho de 2011

Carlos Newton
Listas de apoio de eleitores em São Paulo e no Rio de Janeiro à criação do PSD, partido organizado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab, foram preenchidas com assinaturas falsificadas. Em uma das fichas, de 10 assinaturas coletadas, 5 foram feitas pela mesma pessoa. Em ficha do Rio, há assinatura atribuída a um eleitor que já estava morto.
Em outros Estados, acontecem as mesmas irregularidades. A coleta de assinaturas para a criação do PSD é alvo de dois inquéritos da PF, no Paraná e em Santa Catarina. No Amazonas, um juiz eleitoral identificou fraude em dois terços de uma lista de assinaturas entregue em apoio à criação do PSD. A Polícia Federal vai periciar o documento para comprovar as falsificações.
A fraude foi constatada pelo cartório da 62ª zona eleitoral do Estado, em Manaus. De acordo com o juiz Carlos Zamith, das 900 assinaturas entregues em sua zona, cerca de 600 estão sob suspeita. As firmas da lista foram comparadas com as do caderno de votações.
“Apostaria o meu salário que foi uma pessoa que assinou uma das folhas inteirinha. A firmeza da escrita é a mesma”, disse Zamith.
Outras assinaturas foram entregues nas demais zonas eleitorais do AM. O juiz disse que funcionários identificaram um eleitor morto numa lista enviada à 59ª zona eleitoral de Manaus.
A coleta de assinaturas é uma exigência da Justiça Eleitoral para a criação de uma nova sigla. Kassab corre contra o tempo e precisa do aval do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) à assinatura de 490,3 mil eleitores até o dia 7 de outubro para que o novo partido participe das eleições municipais do ano que vem. Até agora, apenas cerca de 250 mil já foram certificadas por cartórios do país.
No Rio de Janeiro, o ex-deputado Indio da Costa, coordenador do PSD, disse que faz uma “checagem primária” das assinaturas, para evitar erros. Segundo ele, com esse procedimento, o partido já descartou 36 mil de cerca de 82 mil assinaturas coletadas, por ter identificado falhas.
Apanhado em flagrante, o prefeito Kassab disse o óbvio: que é responsabilidade da Justiça Eleitoral checar a autenticidade das assinaturas reunidas para a criação de seu partido, o PSD. é justamente o que todos esperam, que a Justiça se mexa.
Mas o que esperar de um partido como esse, que é uma espécie de Frankenstein político, montado basicamente com parlamentares de oposição, que de repente resolveram aderir ao governo federal?
A MORTE DA MEMÓRIA NACIONAL
A tentativa do prefeito Gilberto Kassab de fundar o PSD agride a memória nacional, não pelo seu direito líquido e certo de criar uma nova legenda, mas pela escolha da sigla. Afinal, o Partido Social Democrático constituiu-se na grande escola política brasileira, até no dizer de um de seus mais ferrenhos adversários, Carlos Lacerda. Experiência, capacidade, malícia e espírito público foram características do velho PSD, amplamente majoritário no Congresso, nas Assembléias, nas prefeituras e governos estaduais. Na presidência da República, emplacou Eurico Dutra, Nereu Ramos, Raniéri Mazzilli e Juscelino Kubitschek, sem esquecer o decisivo apoio dado a Getúlio Vargas e a João Goulart. Para impedir o partido de continuar como árbitro da política e das principais decisões nacionais, o marechal Castelo Branco precisou extinguí-lo por um Ato Institucional.
Pois vem agora o alcaide paulistano, sem pudor nem imaginação, escolher a mesma denominação para a aventura que pretende encenar. Falta-lhe memória.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Chau “meu filho”Auro Ida
     Pois é, antes das duas horas desta madrugada sou acordado pelo colega Admar Andreolla, que chorando me dá a notícia do assassinato do “meu filho” Auro Ida. Admar chegou junto com Auro, em Cuiabá. A história é longa e eu a acompanho, desde que os dois colocaram os pés, em Cuiabá. E tudo isso graças ao pedido que a jornalista Sara Brasilia Brunini, que formou em jornalismo com os dois (Admar e Auro), fez a mim que editava o jornal Equipe e tinha fortes relações com os diretores da Rádio Industrial de Várzea Grande, para que arrumasse colocação aos dois, em Cuiabá. O resto da história eu conto um dia.
     O assassinato do Auro Ida, com  quem eu falava, quase  diariamente, sempre foi atencioso comigo e, isso me dava liberdade para um diálogo de pai para filho, sinceramente, deixa-me um pouco sem vida. Mas, não há de ser nada, Auro viverá sempre na história do jornalismo mato-grossense. Isso, também,é viver.
     Chau “meu apaixonado filho” Auro Ida. O seu amor foi grande...Depois a gente conversa mais.            
Carlos Chagas
A presidente Dilma continua passando o rodo no ministério dos Transportes. Tomara que não pare. Por conta dessa atitude, sopra na Esplanada dos Ministérios um certo ventinho frio, daqueles capazes de chegar à barriga de muitos ministros e altos funcionários. E se a moda pega e eventuais irregularidades começarem a levar as atenções para outros ministérios, impulsionadas por investigações promovidas pelos meios de comunicação?
Tem gente tomando todo o cuidado, mandando assessores vasculharem as estruturas ministeriais, os contratos celebrados, as contas e até os meandros por onde ratos poderão estar escondidos. Principalmente nos ministérios recheados de verbas orçamentarias e envolvidos com obras públicas. Ninguém quer tornar-se a bola da vez.
Se há um serviço palpável prestado pela presidente da República ao país é essa postura de cobrança diante da roubalheira. Coisa igual viu-se apenas nos sete meses do governo Jânio Quadros, com a constituição de inúmeras comissões de inquérito que ele mandava formar. Naqueles idos, era mais jogo de cena, performance para a imprensa, sem que maiores resultados fossem conhecidos. Agora é diferente, porque, pelo jeito, as investigações se fazem sem alarde, em sigilo, conhecendo-se apenas o produto final, no caso o afastamento dos implicados.
Contribuição essencial tem sido prestada pela CGU, do ministro Jorge Haje, pasta que nenhum partido cobiçou quando da formação da equipe atual, certamente hoje a mais temida de todas.
***MELHOR PAGAR SÓ AS COMISSÕES
Com seu humor ferino, Mario Henrique Simonsen, então ministro da Fazenda, desabafou diante de seguidas denúncias de corrupção em obras públicas. Disse que certos empreendimentos mirabolantes envolvidos por imensa corrupção deveriam ser revistos. Que o orçamento dedicasse recursos para pagar as comissões e propinas, apenas, economizando-se o montante relativo às obras. Sairia mais barato…
***ABUSO
Se Brasília pudesse ser comparada a alguma outra capital do mundo, não seria com Paris, Londres ou Pequim. Washington talvez estivesse mais próxima, mas já pensaram se acontecesse na capital dos Estados Unidos o que acontece por aqui? Não se passa um dia sem a energia ser cortada nos diversos bairros, na periferia e no centro da cidade, às vezes atingindo mais da metade do conjunto, seja por alguns minutos, seja por horas a fio. Quem trabalha com computadores que o diga. Não raro perdem-se trabalhos de importância, as comunicações paralisadas causam prejuizos sem conta. Fica tudo sem explicação, ou com as esfarrapadas desculpas de problemas na rede ou de conexões ultrapassadas. Quem não dispõe de velas em casa arrisca-se a ficar no escuro. Para a capital de um país candidato a ingressar no primeiro mundo, é lamentável.
***ESTÁ DEMAIS
Os repórteres fechavam a cara quando Adolpho Bloch reclamava de matérias tristes ou de reportagens sobre desgraças, acidentes ou sucedâneos. Tanto na revista quanto na Rede Manchete de televisão, ele queria imagens, fotografias e textos eivados de otimismo, com coisas bonitas.
Exagerava, o saudoso cacique, pois a função da imprensa é de transmitir à sociedade tudo o que se passa nela. Convenhamos, porém, que caímos no excesso oposto. Nas telinhas, microfones e páginas de jornal, só o que vemos são estupros, assassinatos, sequestros, tiroteios e acidentes da natureza.
Claro que se aconteceram, precisam ser divulgados, mas utilizar quatro quintos do tempo de um telejornal para esse tipo de informação é um pouco demais. Outros fatos merecem ser reportados, não necessariamente otimistas, mas relativos ao que se passa no país. Notícia é o que foge à rotina, mas nem tudo se resume a violência.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

PSD começa com fraude. Não poderia ser diferente
--------------------------------
Palavra de corretores. Mansão de Pagot custa RS2,5 milhões
--------------------------------
Pedro Henry no sufoco. Mensaleiros e sanguessugas podem ser julgados
---------------------------------
Segurança é um problema de segurança
---------------------------------------
Querem privatizar Sanecap com divida. Assim não pode!
----------------------------------------
Agora sim. Riva, Eder e Silval em confronto. BRT ou VLT?
---------------------------------------
Jaime quer colocar sua mulher na prefeitura de VG. O poder em família.
----------------------------------------

 Perícia atesta fraude na criação da sigla de Kassab
Manchete de primeira página da Folha de São Paulo
- Assinaturas em listas vieram da mesma pessoa; coordenador sugere ação de rivais
Análise grafotécnica feita a pedido da Folha mostra que listas de apoio à criação do PSD, legenda patrocinada pelo prefeito de SP, Gilberto Kassab, contém assinaturas falsas, relatam Daniela Lima e Catia Seabra.
Nas três listas a que o jornal teve acesso, há assinaturas atribuídas a vários eleitores que, segundo a perícia, foram feitas por uma só pessoa. As fichas foram feitas em Duque de Caxias (RJ) e na zona leste de São Paulo.
A mansão de Pagot
Em Cuiabá, Luiz Pagot, diretor afastado do Dnit, está construindo uma casa avaliada por corretores em RS 2,5 milhões. Para ele, vale R$ 700 mil. Manchete de primeira do Estadão de hoje.
ESFORÇO CONCENTRADO
Mesmo estando o Supremo Tribunal Federal em férias, um grupo de ministros insiste em que um esforço concentrado deve ser feito neste segundo semestre para julgar até dezembro os mensaleiros, que lá, como réus, respondem a processo criminal. Seria mais lógico que as sentenças influíssem menos nas eleições do ano que vem, fator que fatalmente pesará nas tendências do eleitorado. Mesmo sem ser candidatos a vereador e a prefeito, caso postos na cadeia os mensaleiros prejudicariam seus respectivos partidos, do PT ao PMDB, ao PTB e ao PR.
O relator dos processos, ministro Joaquim Barbosa, está de licença médica, mas ficará feliz se seus colegas ajudarem para rápida decisão.
***PELA SEGURANÇA PÚBLICA
A violência urbana e rural só faz aumentar, aponta o noticiário dos meios de comunicação impressos e eletrônicos. Deixando para outro dia a constatação de ser o desemprego a maior de suas razões, fica evidente a impossibilidade de uma ainda maior blitz pela criação de novos postos de trabalho trazer imediata tranquilidade ao cidadão comum. A médio e longo prazo dará certo, mas a curto nem pensar.
Assim, se o governo pretende tornar mais segura a vida em sociedade, só terá uma saída: ampliar os serviços de segurança, botar a polícia nas ruas e estradas, ampliar as instalações prisionais e reformar o Código de Processo Penal para reduzir drasticamente o número de recursos utilizados pelos bandidos presos num dia e postos em liberdade no outro.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Silval e as ligações escusas agora e no passado
Do BRT para o VLT e agora, novamente, BRT
---------------------------------
De Galinho para Galindo a diferença está
no “d” de dinheiro.Galinho vai de grão em
grão e Galindo de gole em gole de água
----------------------------------
O PSD de Mato Grosso é a cara do PP de José Riva. Salvo modificações de última hora ou cassações
--------------------------------
Éder anuncia ferro para Arena. Está faltando areia.Não, está faltando “cascalho”, como bem disse o jornalista Luiz Acosta.
---------------------------------
A briga dos saites. Um acusa ao outro, mas todos recebem a conhecida “verba de zelo”.É fácil observar.  
 Segundo escreve o jornalista Carlos Newton “não representa novidade a denúncia de que a maior parte dos desvios de dinheiro público no Brasil ocorre nas áreas da saúde e da educação, segundo o diretor do Departamento de Patrimônio e Probidade da Advocacia-Geral da União (AGU), André Luiz de Almeida Mendonça, comprovando que cerca de 60% a 70% dos desvios ocorrem justamente nessas áreas, caracterizadas por grandes orçamentos e muitos repasses de pequeno valor.”
     E o jornalista continua “pelo contrário, as denúncias de corrupção nos dois setores mais importantes da vida administrativa brasileira se repetem exaustivamente, sem que haja providências concretas por parte das autoridades.”
     Em Mato Grosso não é diferente do resto do Brasil. Há anos já se sabia e denunciava que a Secretaria de Saúde tinha lá suas maracutaias. Agora, pior do que tudo isso é que o governador Silval Barbosa engrossou o caldo da corrupção nomeando para a pasta da Saúde o deputado federal Pedro Henry, do PP., acusado de corrupção e desvio de verbas. E que continua impune até hoje...
O brasileiro virou bobo da corte
     Essa manchete está na primeira página, das edição de hoje, do jornal “Correio Brasiliense”.
     - Nunca na história deste país os cidadãos pagaram tanto imposto. Em seis meses, saiu do bolso dos brasileiros uma média de R$ 2,6 bilhões por dia. São cinco meses de trabalho no ano destinados apenas ao pagamento de tributos. Em troca, porém, o país não retribui com educação, saúde e transportes de qualidade. Boa parte do dinheiro é engolido pela corrupção. Denúncias já levaram a presidente Dilma a demitir um ministro e 12 funcionários nos Transportes. O desperdício no serviço público, aponta o TCU, é outra fonte de perda de recursos. Levantamento em 71 órgãos federais mostra que, só na conta de luz, daria para economizar R$ 240 milhões por ano. A população também sofre com o descaso. Encarregada de proteger o consumidor, a ANS engaveta reclamações contra o abuso de operadoras de planos de saúde. No Distrito Federal, outro flagrante do desrespeito: brasilienses que pagaram até R$ 450 mil à Terracap por um lote no Jardim Botânico 3 veem o sonho de morar em um condomínio de luxo se transformar em pesadelo. Até hoje, no local, falta a infraestrutura prometida pelo Poder Público, e a área começa a virar território livre para aventureiros.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Éder anuncia ferro para Arena. Está faltando areia. Estamos no pantanal

Galindo diz que Sanecap ainda não está privatizada. Falta “acertar” com o povo.

Blairo Maggi e Pagot. Tais pais e tais filhos.

Toninho pede desculpa. Não sabia em que estava votando. A emenda saiu pior do que o soneto.

Silval está perdido na estrada. VLT, BRT ou estrada de ferro!

Silval não pode dizer: “diga-me com quem andas que eu direi quem és.” Tai Pedro Henry que não o deixa mentir.
Galindo assume a conclusão do golpe  
na Sanecap para daqui a 45 dias
Irmão de chefe do Dnit em MT
 tem contratos dos Transportes
Das verbas desviadas, 70%
são de Saúde e Educação
Contrariando Carvalho, Dilma
demitirá diretor do Dnit
MOEDA DE UMA SÓ FACE

Manchete principal do jornal O Estado de São Paulo
Contrariando Carvalho, Dilma
demitirá diretor do Dnit
Saída de Pagot é decidida apesar da pressão de ministros ligados a Lula, como o secretário-geral da Presidência
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi encarregada pela presidente Dilma Rousseff de anunciar que o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, atualmente em férias, não retornará mais ao cargo, em meio a escândalo de corrupção. O vice Michel Temer e ministros ligados ao ex-presidente Lula defendiam a permanência de Pagot. Numa reunião no Planalto, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) tentou introduzir na conversa a necessidade de manter Pagot. Dilma afirmou que, se fosse para traze-lo de volta, teria de reconduzir outros seis que ela tinha demitido e isso não vai acontecer. Dilma orientou ainda o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, a finalizar rapidamente a "limpeza" no setor.
O jornal O Globo destaca na edição de hoje
Das verbas desviadas, 70% são de Saúde e Educação
Dinheiro para escolas e hospitais vai parar nas mãos de prefeitos
Setores que têm os maiores orçamentos da União e estão diretamente ligados aos cidadãos, Saúde e Educação são também os que mais sofrem com a corrupção no Brasil. Segundo o Departamento de Patrimônio e Probidade da Advocacia Geral da União (AGU), de 60% a 70% dos recursos públicos desviados no país são dessas duas áreas. É, por exemplo, dinheiro destinado a reformas de escolas e hospitais, compra de merenda escolar e de medicamentos, construção de quadras esportivas e procedimentos do SUS, mas que acaba indo para o ralo por causa da corrupção. Auditorias da Controladoria Geral da União (CGU) constataram, apenas entre 2007 e 2010, desvios de R$ 662,2 milhões nesses dois setores. E quase metade dos acusados de improbidade em todas as áreas da administração pública, segundo a AGU, é de prefeitos ou ex-prefeitos. Um dos problemas é a falta de fiscalização, mas também a pulverização dos recursos
A Folha de São Paulo destaca na edição de hoje
Irmão de chefe do Dnit em MT
 tem contratos dos Transportes
A empreiteira do irmão do superintendente do Dnit em Mato Grosso fechou contratos de R$ 26 milhões com o órgão, braço do Ministério dos Transportes responsável por obras em rodovias, informa Rubens Valente.
Para o dono da empreiteira, o cargo do irmão só atrapalha. “Se fosse me locupletar com isso, eu deveria ter uns R$ 100 milhões de contrato", afirmou.
MOEDA DE UMA SÓ FACE
Aplausos para a presidente Dilma, que continua passando o rodo no ministério dos Transportes, afastando corruptos, mas fica sem resposta a indagação a respeito dos corruptores. Estarão sob investigação da Polícia Federal as empreiteiras de obras públicas que superfaturaram e distribuíram propinas?
Seus responsáveis são tão culpados quanto os funcionários afastados, mas não se tem notícia de que um só deles, das grandes empresas, encontre-se respondendo a processos ou inquéritos. Pelo contrário, preparam-se para as eleições municipais do ano que vem, já separando recursos para impulsionar candidatos que retribuirão depois de eleitos.
Galindo assume a conclusão do golpe  
na Sanecap para daqui a 45 dias
 O prefeito Chico Galindo, do PTB, não nega o golpe e anuncia que nesses em 30 a 45 dias ele lança o processo licitatório que colocará nas mãos da iniciativa privada o direito liquido e certo de fornecimento de água e tratamento de esgoto, em Cuiabá. Ele chegou a comentar que a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) já teriam admitido interesse em assumir os serviços, mas, sabe-se que essas empresas não estão dando conta de seus próprios serviços. É trocar o sujoe pelo mal lavado.
O prefeito Galindo promete que o edital deverá prever que a empresa escolhida assuma as dívidas de mais de R$ 200 milhões da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), apesar da lei municipal aprovada na surdina na semana passada isentar a concessionária e o município de pagarem qualquer indenização à entidade. "Vamos estabelecer isso na licitação se essa for a opção da sociedade".

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Os Dez Mandamentos do Político
Chico Alencar
Abaixo, o que deveriam ser os Dez Mandamentos de qualquer servidor público, detentor de mandato eletivo
A humanidade, em sua ainda recente caminhada na Terra, foi estabelecendo normas de convívio. Tanto para legitimar o domínio dos fortes sobre os fracos quanto para sobreviver com um mínimo de civilidade. No Brasil, o Estado laico tem raízes culturais na tradição greco-romana e judaico-cristã. Por isso, quando cresce o clamor por controles sobre a atuação das autoridades públicas, não é arcaico revisitar o capítulo 20 do Livro do Êxodo, do Antigo Testamento bíblico, escrito no ano 1.250 antes de Cristo. Ali, Javé/Deus, que “faz sair seu povo da casa da escravidão”, oferece a Moisés um decálogo de princípios. São imperativos e proibições que orientaram uma prática de vida que, atualizada, pode inibir a sucessão de transgressões à moralidade pública, corriqueira em nossa política contemporânea. A releitura dos Dez Mandamentos há de ser útil a qualquer um de nós que temos mandatos e estamos cingidos aos preceitos constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência:
1. AMARÁS A PROMOÇÃO DO BEM COMUM, e não dos seus bens patrimoniais – “bezerros de ouro” da prosperidade particular -, com todo o teu coração e entendimento;
2. NÃO PRONUNCIARÁS A EXPRESSÃO “INTERESSE PÚBLICO” EM VÃO, confundindo-a com a idolatria dos negócios privados;
3. GUARDARÁS NÍTIDA SEPARAÇÃO ENTRE DEDICADO TRABALHO E SALUTAR DESCANSO, desfrutando deste sem nenhuma vantagem indevida ou “mimo” interessado derivado daquele;
4. HONRARÁS TODOS OS ANTECESSORES QUE, na vida pública, PRATICARAM A HONESTIDADE, o serviço, a defesa de causas de justiça para as maiorias desvalidas;
5. NÃO MATARÁS A ESPERANÇA DO POVO com práticas que degeneram o sentido maior da política, corrompendo-a pelo poder dissolvente do dinheiro e da hipocrisia;
6. NÃO COMETERÁS ATOS DE PROMISCUIDADE ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO ao manter relações impublicáveis de intimidade com aqueles que têm interesses em contratos do Estado;
7. NÃO ROUBARÁS O ERÁRIO, em nenhuma das variadas e inventivas formas que a corrupção sistêmica criou: tráfico de influência, compras sem licitação, isenções fiscais sem critério, polpudas doações de campanha com retorno em obras públicas superfaturadas;
8. NÃO DARÁS FALSO TESTEMUNHO nem obrigarás sua assessoria de imprensa a mentir para esconder viagens e relações que não resistem à transparência e aos critérios da moralidade administrativa;
9. NÃO COBIÇARÁS, fascinado pela ascensão à vida de luxo e prazeres, O QUE NÃO TE PERTENCES, nem darás a teus cônjuges, parentes consangüíneos diretos ou amigos privilégios e oportunidades que não são oferecidas às pessoas comuns;
10. ZELARÁS COM RIGOR MÁXIMO PELO PATRIMÔNIO PÚBLICO sobre o qual tens mandato temporário e que transitoriamente gerencias.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pagot não volta ao Dnit, avisa Dilma
Em encontro com senadores do PT, as ministras Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann avisaram que a presidente Dilma não quer nem ouvir falar na volta de Luiz Antonio Pagot ao Dnit após o escândalo nos Transportes. Mas o PR ainda apela para que ele fique.
A partir de hoje, mais do que nas outras quintas-feiras, não se encontrará um deputado ou senador em Brasília. Só por milagre, porque apesar de o recesso parlamentar de julho iniciar-se na próxima segunda-feira, ninguém é de ferro. Funcionamento do Congresso, agora, só em agosto.
A pergunta que se faz, acima do balanço sobre os trabalhos legislativos, refere-se ao relacionamento do Congresso com o governo Dilma Rousseff. Estaria tudo maravilhoso se fosse pelo coquetel oferecido ontem à noite pela presidente aos líderes e dirigentes partidários, no palácio da Alvorada. Só evoés, alvíssaras e lantejoulas. Na realidade, as coisas não se passaram assim. Momentos houve em que bateram de frente, desde a escolha do novo ministério ao preenchimento ainda inconcluso dos cargos de segundo escalão, sem esquecer a mais recente lambança interrompida pela presidente ao afastar o PR da copa e cozinha do ministério dos Transportes.
Ainda existem contas a ajustar entre Dilma e os partidos da base parlamentar do governo. A presidente sofreu pressões, em especial do PMDB, mas também do PT. Chegou a atritar-se com o vice-presidente Michel Temer, o líder maior do PMDB. Não terá gostado de alguns ministros que lhe foram impostos pelo partido, como ministros de outros partidos, também, mas sem ser uma expert na arte de engolir sapos, conseguiu degluti-los. Entendeu e foi entendida, até agora. Sendo assim, o saldo desses primeiros seis meses é positivo. Alguns reclamam que ela poderia ter sido mais dura, mais inflexível, como era de seu estilo na chefia da Casa Civil. Melhor assim.
(Carlos Chagas)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Pedro do Coutto
Reportagem – aliás excelente – de Fernanda Odila, Folha de São Paulo de segunda-feira, revela que, de fato, são os poderes públicos que estão financiando, mais do que isso, bancando, quase todas as obras de modernização, expansão e construção dos estádios para a Copa do Mundo de 2014. Seja através do BNDES, principal fonte móvel de recursos, seja por intermédio de incentivos e isenções fiscais. As chamadas parcerias público privadas só tem aparência de participação particular. Na realidade as empresas particulares não investem nada. Pelo contrário. Capitalizam-se fortemente.
Em primeiro lugar porque executam os contratos. Encontram um novo e amplo mercado à sua frente. Em segundo lugar porque recebem os financiamentos. Em terceiro porque, quando assinam créditos, os juros cobrados correm pela TJIP, na base de 6% ao ano. Mas existe a carência para iniciarem as amortizações. Geralmente dois anos.
Esse espaço de tempo aplicam nos títulos do Tesouro Nacional que financiam a dívida interna, à base da taxa Selic: 12% de juros anuais. Assim, enquanto de um lado pagam 6, de outro são remunerados em 12%. Vencido o prazo de carência, em vez de começar a pagar, na verdade recebem novas parcelas. Os adiantamentos e os reajustes, afinal de contas, existem para quê?? Para remunerar bem o capital. Acima da inflação do IBGE. O destino dos salários é outro: situa-se exatamente no plano oposto.
Fernanda Odila publicou os cálculos percentuais: as obras do Fonte Nova, Salvador, têm cobertura (hoje) de 79% do BNDES. As do Castelão, em Fortaleza, 71%. O estádio de Recife recebe 82% do BNDES. O estádio Magalhães Pinto o Mineirão, prevê sustentação de 58%. O de Natal, 96%. Faltam o Beira-Rio em Porto Alegre, o Mário Filho, Maracanã, no RJ, o do Coríntians em Itaquera, cujas obras estão muito no início.
O ritmo dos trabalhos do Maracanã vão de vento em popa, com a Odebrecht, a Andrade Gutierrez e também a Delta, na linha de frente, não parecendo haver problema quanto à conclusão, para 2013, pois ele será uma das sede importantes da Copa das Confederaçãoes, que, tradicionalmente, antecede a Taça do Mundo. Mas o problema da Copa de 14, e das Olimpíadas de 16, não está só na edificação e modernização dos templos das histórias dramáticas e emocionantes da bola. Não. Situam-se também nos transportes, especialmente nos aeroportos. Além de na hotelaria. Enfim na infraestrutura indispensável.
Empreendimentos imobiliários para novos hotéis? Não há sinal ainda à vista. Não quero sustentar que não vão ser feitos. Mas todos com financiamento público. Os empréstimos públicos não são fáceis de resgatar. Pois muitos empresários poder-se-iam julgar vítimas de grave descortesia se cobrados em suas dívidas fossem ou forem. Não é da tradição brasileira corruptos e corruptores irem para a cadeia. Seria um escândalo, algo capaz de despertar profunda surpresa.
O máximo que acontece é a exposição pública através da imprensa. Veja-se, por exemplo, o processo do mensalão. O crime emergiu em 2005, o Supremo Tribunal federal aceitou a denúncia do então Procurador Geral, Antonio Fernando de Souza, em 2007, os acusados devem ser julgados em 2012. E isso porque o Procurador Geral de hoje, Roberto Gurgel, desfechou contra os principais acusados nova torrente de denúncias, tanto confirmando quanto ampliando as anteriores. Mas esta é outra questão.
O fato essencial é o seguinte: financiamento estatal para as obras da Copa e privatização dos lucros que, no final da ópera, elas proporcionarem. É por isso que, no Brasil, a massa salarial pesa 40% do PIB, como destaca o leitor Flávio Bertolotto, enquanto a remuneração do capital 60%. Nos EUA, acontece exatamente o oposto: massa salarial 60, remuneração do capital 40%. Eis a diferença.

O PARTO DA MONTANHA

Como acontece faz tempo, a montanha gerou um rato. Na administração pública, sempre que alguém se vê caído em desgraça, começa fazendo ameaças. Anuncia que contará tudo o que se passou nos bastidores, acusando autoridades superiores como responsáveis pelas irregularidades causadoras de seu infortúnio. Põe o mundo em polvorosa, sem saber se fala a verdade e se efetivamente dispõe de provas contra seus superiores. No fim, é convencido a calar, sabe-se lá porque variados métodos de persuasão.
Uma única frase de Luiz Antônio Pagot em seu depoimento de ontem, no Senado, condensa essa prática centenária entre nós: “ele nunca me exigiu nem me pediu nada”.Ele, no caso, é o ministro Paulo Bernardo, que ocupava o Planejamento no governo Lula e há dias foi denunciado por Pagot como quem ditava o comportamento do Dnit, inclusive escolhendo empreiteiras de obras e autorizando superfaturamentos. De repente, a acusação se esvai, o depoente nega tudo o que antes vazou para a imprensa. Alguma coisa terá acontecido, nesse interregno. Entre mortos e feridos salvaram-se todos. Pagot não fez denúncias e a culpa, como sempre, será debitada aos meios de comunicação.