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segunda-feira, 27 de junho de 2011

........E EU CHEGANDO AO FIM
........Na Copa-2014, Brasil só jogará nas maiores arenas. Cuiabá está fora...
.........O Lula será candidato em 2014
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 E EU CHEGANDO AO FIM
Poucos se lembram dos versos musicados do grande poeta pernambucano Antonio Maria, imortalizados pela voz da cantora Nora Ney:
“Ninguém me ama
Ninguém me quer
Ninguém me chama
De meu amor.”
Essa canção é pré bossa-nova, da época em que predominavam as músicas dor de cotovelo.
A bossa nova apareceu depois, e falava do barquinho, Corcovado, chega de saudade, garota de Ipanema, etc.
Vivi essa transição - dor de cotovelo - com poesias de Vinícius de Morais.
Era o morro perdendo espaço na música popular brasileira para o poetinha e seus meninos universitários.
Conheci os famosos da dor de cotovelo, e aqueles que um dia seriam famosos da bossa nova.
“Ninguém me ama”, lembra-me muito a vida de um idoso saudável.
Pode parecer uma incoerência falar em idoso saudável, pois sabemos que o tempo vivido exige um preço, que pagamos com prazer, chamado de pedágio.
Se paga, e bem, pelo tempo vivido. É o único bem que não há incentivo fiscal e impunidade.
O idoso todo o dia acrescenta uma novidade farmacológica em sua cesta básica de medicamentos.
Quando a Nora Ney encerrava, com a sua voz grave de grande fumante - ... “E eu chegando ao fim”, o garçom logo era chamado com o pedido de mais um.
É difícil, dizia o Maria, chegar ao fim da vida sem ser amado. Ele dizia que ninguém o amava.
O poeta foi vítima dos seus versos e, aos 43 anos, morreu sozinho, vítima do seu sofrido coração, na mesa de um bar.
Sempre que enriqueço a minha cesta básica de medicamentos, como agora, lembro-me da Nora Ney: cigarro nos dedos, na alta madrugada das boates do Rio, cantando nas mesas dos retardatários, vítimas da dor de cotovelo - “Velhice chegando e eu chegando ao fim.”
Bons tempos aqueles, em que cotovelos doíam por um amor perdido, e o remédio era uma boate ouvindo canções especializadas para a cura dessas dores.
Sinto dores nos cotovelos e nos punhos, não por um amor que já perdi, mas por uma queda nas calçadas das ruas da Copa 2014.
Assim é a vida por onde caminhamos. Só paramos quando ELE determinar que chegamos ao fim. (Gabriel Novis Neves)
Na Copa-2014, Brasil só jogará nas maiores arenas
A Fifa definiu que a seleção brasileira só jogará nos maiores estádios da Copa-2014. Assim, caso o time chegue até a final, Rio, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte vão receber a seleção. Fortaleza, Salvador e Porto Alegre disputam as últimas vagas para abrigar os jogos da equipe nacional.
A informação está na reportagem publicada neste domingo pela Folha, assinada por Martín Fernandez e Sérgio Rangel, enviados especiais a Los Cardales (Argentina).
De acordo com a ideia da Fifa, o Brasil deve jogar em, no máximo, seis cidades. Os finalistas farão sete partidas ao todo na Copa.
Dos estádios do Rio, de São Paulo, de Brasília e de Belo Horizonte, o menor (o Mineirão) terá capacidade para 65 mil torcedores.
Os outros dois estádios, que poderão receber os jogos do Brasil, ainda não foram definidos. Fortaleza, Salvador e Porto Alegre levantam arenas para aproximadamente 60 mil torcedores e são as opções.
Manaus, Cuiabá, Curitiba, Recife e Natal estão fora do roteiro da seleção. As arenas dessas cidades abrigarão cerca de 40 mil torcedores
O Lula será candidato em 2014
Carlos Chagas
Sobrou politicamente o quê para Brasília, na semana paulista que passou, comprimida entre a Passeata com Jesus e a Parada de Orgulho Gay, cada qual com dois milhões de participantes? Por conta das festas de São João e do feriado religioso na quinta-feira, a resposta seria não ter sobrado nada, não fosse… Não fosse a entrevista concedida por Gilberto Carvalho ao Portal G-1, divulgada ontem, verdadeira exposição explícita da arte de usar as palavras para esconder a realidade.
Disse o Secretário-Geral da presidência da República que em 2014 o Lula jamais será candidato a voltar ao palácio do Planalto, e que 2018 está muito longe. Para ele, trata-se de uma conseqüência natural a candidatura de Dilma Rousseff a um segundo mandato. Também falou do relacionamento entre o antecessor e a sucessora, rotulando como coincidência a vinda do ex-presidente para reunir-se com o PT e, depois, com senadores do PMDB na residência de José Sarney, em meio à crise de rebelião da base parlamentar do governo contra o palácio do Planalto, sem esquecer o episódio Antônio Palocci, então em plena efervescência. O Lula não teria vindo à capital federal para apagar incêndios, mas, apenas, por ter agendado previamente esses encontros.
Ficou em cima do muro ao referir-se à nomeação de Gleise Hoffmann para a Casa Civil e de Ideli Salvatti para a Coordenação Política. Carvalho declarou que não apenas soube, mas participou dessas escolhas, sendo que o Lula foi participado e opinou, sem tê-las indicado.
Com todo o respeito e reconhecimento pela habilidade do Secretário-Geral em misturar fatos e intenções, a verdade parece um pouco diferente. Começa que Dilma jamais manifestou o desejo de disputar a reeleição, coisa que tanto Fernando Henrique quanto o Lula começaram a preparar antes mesmo de terem assumido o primeiro mandato. A presidente tem os pés no chão e sabe ser impossível conter a avalancha que já a partir do próximo ano envolverá qualquer aparição pública do ex-presidente. A campanha do “volta!” será espontânea, independentemente do desempenho do atual governo. Em momento algum Dilma remará contra a maré, ainda mais porque o Lula, mesmo se procurasse esconder-se, não conseguiria. E sabe muito bem que 2018 está mesmo longe, mas 2014 tão perto em termos de sucessão presidencial que a ninguém será dado adiar suas preliminares. Seria como imaginar Mano Meneses armando um time sem pensar na Copa do Mundo daquele ano.
Sendo assim, pelo fato de o Lula ser candidato, a consequência é de que Dilma não será, para tristeza de Aécio Neves, dos tucanos e de qualquer outro pretendente fora do PT.
A gente se pergunta o que pretendeu Gilberto Carvalho com a cortina de fumaça virtual lançada ontem. Agradar a presidente Dilma ele não precisa. Tem a confiança dela até por tratar-se do elemento de ligação entre o passado e o presente. Assustar o PT e o PMDB com oito anos de permanência ao sol e ao sereno em termos de nomeações, participação no governo e nas grandes decisões administrativas, também não. Sendo assim, a conclusão é de que o Secretário-Geral abriu a temporada sucessória afirmando precisamente o contrário do que pensa e sabe: o Lula será candidato em 2014…
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