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domingo, 17 de março de 2013

A dor de todos nós


Pagar plano de saúde não é garantia de bom atendimento e expõe pacientes ao mesmo drama do SUS

Pronto-socorros superlotados e espera por atendimento que pode chegar a cinco horas. Durante cinco dias, o Estado de Minas percorreu 12 hospitais de BH que atendem clientes de convênios particulares e pelo Sistema Único de Saúde e constatou um drama em comum. A rede de prestadores de serviços não acompanha o crescimento dos planos. Os convênios particularesforam reajustados em31% acimadainflação nos últimos 10 anos. Em BH, no mesmo período, foram incluídos 340 mil usuários.

Os hospitais alegam que a remuneração dos convênios para urgências não sustenta investimentos e deixa o sistema inflado. Além disso, grande parte dos pacientes vai ao pronto atendimento, e não ao consultório médico. Um exemplo da distorção é o caso da operadora de telemarketing CecíliaLoureiro. Ela tem de levar o filho, Victor Hugo, de 11 anos, que sofre de enfermidade renal, ao SUS, mesmo pagando plano de saúde, porque não consegue agendar um nefrologista.

sábado, 16 de março de 2013

Suco de maçã era pura soda cáustica

A fabricante Unilever confirmou que foi detectada soda cáustica nas caixas de suco AdeS sabor maçã que foram alvo de recall. De acordo com a Anvisa, as caixas continham apenas o produto químico.

VLT – Veículo dos sonhos vira um pesadelo


     O ditado popular que diz que “tempo é dinheiro” também pode ser usado para explicar o caso do Veículo Leve sob Trilhos (VLT). As obras, ainda em sua primeira etapa, localizadas no final na 516 Sul, estão paradas desde setembro do ano passado e, até o momento, não há nenhuma estimativa de quando elas possam recomeçar. De acordo com o engenheiro civil, Ronald Jefferson, estima-se que, a cada mês, a obra encareça em torno de R$ 27 milhões a R$ 35 milhões, ou seja, o prejuízo hoje chega a R$ 162 milhões, já que ela está seis meses parada.

      Segundo o engenheiro civil, cada obra tem diferentes tipos de cálculos, mas existe uma média de o quanto uma reforma parada pode causar de prejuízo. “Para saber um valor exato é preciso avaliar o tipo de serviço prestado e a quantidade de meses em que a obra vai ocorrer, mas ainda assim, podemos dizer que se ela ficar parada por muito tempo pode ter um prejuízo até 35% no valor total”, afirma.

     Geralmente, o valor mais alto que se tem em uma obra é o acabamento. Já no VLT, a reforma ainda está em fase inicial. Mesmo assim, não é descartada a possibilidade de haver um novo cálculo do no custo total do projeto. “Para fazer uma estimativa bruta de quanto uma obra pode encarecer é preciso levar em consideração o prazo estipulado para sua entrega, além do valor que foi orçado”, explica o especialista.

     O engenheiro disse ainda que o valor pode sofrer um acréscimo para recuperar o atraso. Ele disse que às vezes é preciso dobrar o número de trabalhadores e bancar outros profissionais enquanto a obra não tem continuidade, contratar outras empresas para adiantar o serviço, sem contar nos materiais e equipamentos, que devem ser pagos mesmo se não foram utilizados. “Nada é barato. O aluguel de um simples guindaste, por exemplo, pode custar até R$ 13 mil a hora. O dono do guindaste não vai se importar se a construção parou ou não, ele vai querer receber o que foi combinado”, afirmou.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Ambientalista cobra projeto para o Complexo da Salgadeira

Usando a Tribuna Livre da Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Cuiabá, o ambientalista e empresário Jurandir Spinelli posicionou-se para cobrar providências das autoridades municipais e estaduais em relação à situação do projeto do Terminal Turístico da Salgadeira. Também pediu que o governo estadual se posicione sobre a duplicação da rodovia Emanuel Pinheiro, outro projeto que se encontra igualmente paralisado e sem informações à sociedade, após ser lançado em 2006.
     "Essa rodovia era para ser duplicada bem no início, a partir do trevo de acesso a Chapada dos Guimarães e Distrito da Guia. Mas a coisa não andou assim, está estagnada. Enquanto isso, estudantes da Fundação Bradesco, que residem nas imediações, no Residencial Milton Figueiredo e comunidades próximas, têm sido atropelados. Mais de 30 crianças já perderam a vida naquelé trecho. Quer dizer: autorizaram a instalação de um mercado atacadista e de uma torre, mas o projeto de duplicação, o mais importante, pois preserva a vida humana, este parou no tempo".
     O Complexo Salgadeira é outra obra rascunhada em projeto e engavetada sem maiores explicações, afirmou Jurandir. "Já se arrasta há mais de três anos, contabilizados os dois do fechamento da Salgadeira. Uma lástima que um balneário tão bonito esteja inoperante, e o que é pior: sem perspectivas aparentes de solução para o caso. Ninguém consegue explicar nada sobre esse projeto na Secretaria de Turismo do Estado. Dizem apenas que será lançada a concessão para o Complexo da Salgadeira, porém nada acontece. Se isto sair efetivamente, após análise das comissões técnicas e consequente licenciamento ambiental, vai levar pelo menos uns 18 meses. Por essa análise, a Salgadeira não ficará pronta até à Copa 2014".
     Jurandir cobrou um posicionamento enérgico dos parlamentares, em nível municipal, estadual e federal, para uma solução desse impasse. Citou que a população cuiabana e adjacente, "pelo que tudo indica", terá somente o Complexo do Coxipó do Ouro como opção turística. "Ainda assim, sem qualquer estrutura, conforme pode ser visto por lá, inclusive no trecho de acesso via Ponte de Ferro, local de obras inacabadas e abandonadas".


Sindicalista diz que Secopa está deixando a desejar


O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil, Joaquim Dias Santana, usou da Tribuna Livre da Câmara de Cuiabá para discorrer sobre o trabalho realizado pela entidade sobre as obras da Copa 2014, lançado em 2011 no Plenário do Legislativo Municipal.
     "Realizamos um trabalho junto à Secopa para buscar a representatividade de 30 mil trabalhadores. O desejo do sindicato é criar uma pauta unificada, que compreende benefícios atrelados ao salário/mês, cesta básica, horas extras, assistência na área de saúde, entre outros direitos e conquistas. Desejamos deixar esse legado".
     No próximo dia 26, anunciou Joaquim Santana, o sindicato se reunirá com governo e empresários para concluir as negociações em torno dessa pauta. "Pedimos total apoio desta Casa de Leis neste sentido. O piso nacional unificado da classe significa um avanço importantíssimo. Contamos assim com todos os segmentos partidários para que reforcem essa tese de igualdade dos direitos dos trabalhadores do País”.
     Ele disse que os trabalhadores da Agecopa carecem de condições dignas. “Ela (Agecopa) está deixando a desejar. Temos depoimentos de trabalhadores de lugares distantes que dizem que só não foram embora porque não têm condições. Sugiro convidarmos o secretário Maurício Magalhães para fazer uma avaliação disso”.

segunda-feira, 11 de março de 2013

A criminalidade vai aumentar


Carlos Chagas

Do jeito que as coisas vão, e apesar da propaganda, chegaremos ao segundo semestre com um milhão de novos desempregados, a contar de outubro do ano passado. Ou não foram 665 mil até fevereiro, mais pelo menos 100 mil previstos para este mês?

Não se dirá que os empresários dão de ombros para o drama de seus ex-empregados. Devem estar sentidos, mas, para eles, tanto faz como tanto fez. Estarão garantidos pessoalmente.

Só que existe outro problema tão grande quanto o desespero dos que vão perdendo postos de trabalho, humilhados por precisarem recorrer ao pálido seguro-desemprego ou ao bolsa-família. Do milhão acima referido, quantos não resistirão à tentação ou à compulsão de buscar a marginalidade? Se for 1%, serão dez mil, mas poderão ser bem mais optando pelo crime, em especial em grandes centros como São Paulo, Rio, Belo Horizonte e outros.

A falta de previsão tem sido característica centenária dos governos nacionais e estaduais. Preferem o imediatismo. Seria bom parar para pensar, especialmente numa hora em que o palácio do Planalto puxa a fila dos cortes orçamentários para enfrentar a crise. Gastos com esporte, turismo, meio ambiente e defesa foram reduzidos de forma drástica no plano federal. Dirão os tecnocratas de Brasília que segurança pública não é com eles. Trata-se de problema dos governadores, também empenhados em passar a tesoura nos respectivos orçamentos. Só que não é bem assim. Dotações do ministério da Justiça e das forças armadas relacionam-se com a proteção do cidadão, e sofrem cortes.

A conclusão surge amarga: para enfrentar o aumento da criminalidade seriam necessários investimentos imediatos no setor policial e sucedâneos. Só que está acontecendo o oposto. Além de não crescer, o arcabouço da segurança pública diminui. Como parece inócuo sugerir que cada cidadão passe a adquirir a sua arma, dentro da campanha ainda vigente pelo desarmamento, a solução seria, no mínimo, para a população comprar cadeados, aprisionando-se em sua própria casa…

domingo, 10 de março de 2013

Sem 14º e 15º, parlamentares querem é mais


Eles pretendem compensar fim dos salários extras equiparando o vencimento de deputados e senadores ao dos ministros do STF. Com isso, gastos do Congresso vão subir R$ 33,3 milhões até 2014

terça-feira, 5 de março de 2013

Brasil obriga aposentado a trabalhar mais 7 anos


Brasileiro continua no batente para complementar a baixa renda garantida pelo INSS

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os homens brasileiros que se aposentam por tempo de contribuição continuam trabalhando, em média, durante mais 7,3 anos. Já as mulheres aposentadas na mesma circunstância permanecem na ativa por um prazo médio de 5,4 anos. A pesquisa constatou ainda, com base em dados de 2010, que os homens passaram a receber o benefício por tempo de contribuição aos 55,1 anos, em média, usufruindo dele por 24,6 anos. As mulheres, por sua vez, se aposentaram aos 52,7 anos, recebendo da Previdência por um período médio de 31,3 anos.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Bebê é curado de Aids nos Estados Unidos


O anúncio surpreendente da cura de um bebê infectado com HIV pode mudar a trajetória da doença e reduzir drasticamente o número de crianças vivendo com o vírus no mundo. A criança tem dois anos e meio e foi curada por médicos do Centro da Criança Johns Hopkins, de Baltimore, nos Estados Unidos. Se o relatório da doutora Deborah Persaud for confirmado, o bebê, que não teve nome nem sexo revelados, seria o segundo caso de cura no mundo. O primeiro foi Timothy Brown, homem de meia-idade, que ficou conhecido como "paciente de Berlim”. O anúncio foi feito ontem, mas a criança vive há um ano sem os remédios e sem sinal de vírus ativo. Nascido de uma mãe infectada, especialistas, que não estiverem envolvidos diretamente na pesquisa, questionam se a criança tinha realmente contraído a doença.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Mensaleiros devem ser presos até julho, prevê Barbosa


Presidente do STF espera encerrar julgamento de todos os recursos contra a condenação antes das férias

O presidente do STF, Joaquim Barbosa, afirmou ontem que a prisão dos 25 condenados no processo do mensalão deve ocorrer até julho. “A minha expectativa é de que tudo se encerre antes das férias”, disse, em entrevista a jornalistas estrangeiros. “Os votos de alguns ministros ainda não foram liberados. Assim que todos apresentarem seus votos, vou determinar a publicação, e aí começa a correr o prazo de recursos dos réus”, afirmou. Barbosa criticou o que chamou de “problema sistêmico” na Justiça. “Nosso sistema penal é muito frouxo. É totalmente pró-réu, pró-criminalidade. Essas sentenças que o Supremo proferiu (no mensalão), de 10,12 anos, no final se converterão em 2 anos, porque há vários mecanismos para reduzir a pena.” Barbosa chamou ainda o sistema penal de “faz de conta”,