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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Obras para a Copa estão atrasadas
 em todas as cidades-sede
Cuiabá, Manaus e Natal estão para trás.
iG foi às 12 capitais para ver como estão os preparativos para a Copa. Porto Alegre e Recife saíram na frente
Faltam três anos e muitas obras para que o Brasil receba a Copa do Mundo. Em junho de 2014, o País terá em seus estádios os melhores jogadores de futebol do planeta e, nos seus aeroportos e avenidas, milhares de turistas de todas as partes do mundo que precisarão viajar, ir de ônibus ou metrô aos estádios, encontrar lugares para se hospedar e funcionários fluentes em espanhol ou inglês para guiá-los.
O iG foi às 12 cidades que devem receber os jogos e analisou cinco itens dos preparativos para a Copa: a construção ou reforma dos estádios, a capacidade da rede de hotéis, as obras de transporte público, a ampliação e modernização de aeroportos e o treinamento de mão-de-obra para receber os visitantes. O resultado é preocupante: apenas duas cidades já tiraram do papel todos os projetos previstos. Apesar disso, os cronogramas de Porto Alegre e Recife estão atrasados em itens como recursos humanos e aeroportos. Acompanhe, pelo infográfico abaixo, a situação dos preparativos em cada capital:
Cuiabá, Manaus e Natal estão para trás. Nas capitais, os projetos para melhorar o transporte público mal saíram do papel, a rede hoteleira é insuficiente e falta gente qualificada e cursos para capacitá-las. Porém, estas cidades não são as únicas responsáveis pelo sinal de alerta. Cada município tem uma deficiência grave para resolver e todos têm, pelo menos, um item atrasado. Os aeroportos, por exemplo, são o caso mais grave – quase nenhuma obra saiu do papel nas 12 cidades-sede dos jogos.
Critérios
Cada cidade-sede estabeleceu sua própria meta de projetos e obras para a Copa. Isso cria alguns problemas para compará-las. Por exemplo: se uma capital afirma que precisa treinar 100.000 pessoas e só treinou 30.000 e outra afirma que precisa treinar 1.000 e já treinou 7.000, a segunda cidade, percentualmente, está mais avançada do que a primeira. Isso acontece porque cada cidade ainda não sabe quantos jogos vai receber nem quantas seleções vai hospedar - e, consequentemente, quantas pessoas vão passar pelo município. São Paulo, Rio e Brasília, cidades cotadas para receber o jogo de abertura e a final da Copa, precisam de mais guias turísticos do que capitais que só devem receber jogos da primeira fase do torneio, como é o caso de Manaus, por exemplo.
Outra questão é o fato de algumas obras estarem muito adiantadas em algumas capitais, muito mais do que nas outras, mas ainda contar com alguns itens fundamentais no papel. Curitiba tem 70% do seu estádio pronto e já tem capacidade suficiente, nos hotéis, para receber turistas. Porém, as obras do aeroporto e de transporte público ainda estão na estaca zero. Embora Porto Alegre e Recife não estejam com as obras tão avançadas nestes critérios, as duas cidades se destacam por conseguir avançar em todos os itens fundamentais para o torneio. No conjunto, estão mais equilibradas do que as outras -  embora, para o seu próprio cronograma, esteja atrasadas.Cada cidade tem diferentes patamares de exigências em relação ao que é necessário fazer para receber a Copa - mas o mundial só vai acontecer se todas as obras fundamentais se tornarem realidade. 
Começando pelo Sul do País, em Porto Alegre os principais problemas são as obras de transporte público - a maioria ainda está no papel - e o estádio do Beira Rio, do Internacional, que enfrenta problemas para conseguir recursos para a sua reforma. “Sem dormir em berço esplêndido, estamos com o calendário muito corrido, mas adequado”, afirma o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, sobre as obras que cabem ao município. "Reconheço que allgumas coisas estão muito incipientes, mas vamos acelerar”, afirma o prefeito.
Em Curitiba, a Arena da Baixada, do Atlético Paranaense, enfrenta o mesmo problema – o orçamento estourou e ninguém sabe quem vai pagar a conta. A capital do Paraná também precisa solucionar outro problema: a falta de táxis entre o aeroporto e a cidade e, claro, dentro da própria capital. Do aeroporto até Curitiba são 75 táxis com licença para operar no aeroporto Afonso Pena. Dentro do município, a questão é ainda mais complicada: o número de táxis é o mesmo desde a década de 1970.

A vez das amargas
     Começam a surgir rumores de haver caído o índice de aprovação popular da presidente  Dilma, nas pesquisas rotineiramente realizadas mas nem sempre divulgadas pelos institutos contratados pelo governo. Se verdadeira a informação, será uma pena, porque o perfil e o estilo  dela,  muito diferente do antecessor, até que vinha agradando. Mais ação e menos exposição parece uma preferência nacional, apesar de certos   conselhos matreiros que a presidente vem recebendo  nas últimas semanas. Caso seus percentuais de preferência tenham mesmo caído, tomara que Dilma não se deixe levar pela necessidade de mudar de comportamento.

Sebastião Nery
Velhas historias costumam tornar-se novíssimas diante de situações igualmente ridículas. Nos primeiros dias de abril de 1964, o Comando Revolucionário mandou a São Paulo, em um fim de semana, os coronéis Martinelli e Igrejas,líderes da chamada“Linha Dura”para exigirem do governador Ademar de Barros a reforma total do secretariado.  Ademar, ainda mais matreiro do que gordo, imaginou sair de banda:
- Quer dizer que é para trocar alguns auxiliares, não é, coronéis?
- Alguns não, governador, todos.
- Mas todos, como? Eles são revolucionários da primeira hora. De quem é mesmo a recomendação?
- É do Alto Comando, governador, E não é recomendação,é ordem.

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