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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Os secretários “despreparados”
Bezerra também acredita em “secretários despreparados”, mas não fala da sua esposa que ocupa a Secretaria de Turismo. As críticas, inicialmente, partiram dos deputados estaduais, principalmente, porque eles não estyaria recebendo respostas de alguns secretários ou não sendo sequer recebidos. É mais uma questão pessoal de análise, verdadeiramente, crítica. Coisas da política e de certos políticos. E com isso o governo de Silval se desgasta aos poucos.
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     Para quem não sabe, o governador Silval Barbosa sempre foi a favor do VLT desde criancinha. Ele apenas se enganou quando apoiava a idéia do BRT. Taí José riva e Eder Moraes que não me deixa mentir. A turma do VLT está investindo pesado na camppanha para fazer a cabeça do povo em favor do VLT. Distribuindo panfletos e camisetas caras. As camisetas, principalmente, para gatinhas promocionais. Por que tanto interesse assim? Eu não sei %%%%%$$$$
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Água de beber?
     O jornal O Estado de Minas divulga na edição de hoje a primeira de uma série de reportagens sopbre a questão da falta de água em alguns municipios do Estado. Taí um bom exemplo para o governo de Galindo ou Galinho seguir.
     Durante uma semana, o Estado de Minas percorreu 23 comunidades rurais em nove municípios do semiárido mineiro, no Norte do estado e vales do Jequitinhonha e Mucuri, e mostra, de hoje a domingo, o drama das pessoas que não têm acesso a água tratada. São 827 mil domicílios sem rede de distribuição em Minas. O problema, histórico, se agrava com a degradação dos rios. O jeito é apelar para a água salobra (salgada) de poços ou dos córregos sobreviventes, contaminada por esgoto e produtos tóxicos. É com esse arremedo de água que famílias como a das irmãs Maria Aparecida Nunes Silva e Maria das Dores têm de se virar para beber, cozinhar, tomar banho e lavar roupa. Sob o risco de diarreias, verminoses, hepatite, cólera e leptospirose, entre outras doenças.
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Denuncismo contra moralismo
Vários dos principais órgãos da imprensa brasileira adotaram ultimamente o sensacionalismo, em prejuízo de seu papel fundamental de fonte informativa dotada de credibilidade.
     Nessa linha, está caracterizado um exacerbado denuncismo, com farta exploração de insinuações e suspeitas que recaem sobre agentes públicos, que estariam praticando corrupção de várias espécies, fraudando licitações, contratando maliciosamente a execução de grandes obras públicas ou a realização de grandes serviços, recebendo propina e colaborando para o aumento ilegal e injustificado dos custos, tudo isso em prejuízo da moralidade pública e onerando ainda mais os contribuintes, que pagam pela realização das obras e pela execução dos serviços.
Nesse contexto, existe um ponto que merece especial referência e é bastante expressivo, para que se percebam claramente as distorções contidas nesse denuncismo. Em primeiro lugar, a grande imprensa criou o paradoxo do corrupto sem corruptor. Com efeito, a grande corrupção assim denunciada, que envolve muito dinheiro público, está ligada à realização de grande obras ou à execução de serviços de muita amplitude, que implicam, obviamente, custos muito elevados e assim dão oportunidade a práticas de corrupção muito rendosas. Mas, se existe o agente público que se deixou corromper, é mais do que óbvio que, atuando junto com ele, existe o corruptor, que é a grande empresa interessada na obtenção dos contratos, que por envolverem muito dinheiro já seriam por isso mesmo muito atraentes, mas que se tornam ainda mais vantajosos pela fraude na licitação, pelo acréscimo irregular dos custos, como também, muito frequentemente, pela possibilidade de fugir ao controle sobre a qualidade das obras e dos serviços.
Isso tudo está implícito na afirmação de que houve corrupção, mas até agora não apareceu qualquer acusação a uma grande empresa ou aos seus dirigentes. De vez em quando é mencionada alguma pequena empresa que seria participante de um esquema de corrupção. Mas até agora não houve um só caso em que fossem apontados como corruptos os dirigentes das grandes empresas contratantes de obras e serviços públicos e beneficiárias de favorecimento ilegal. Os agentes públicos que tiverem algum envolvimento com práticas de corrupção, ou que simplesmente forem suspeitos de alguma dessas práticas, são minuciosamente identificados e quando são detidos ou levados a depor numa repartição policial são fotografados e indicados à execração pública. E mesmo que existam apenas suspeitas ou denúncias ainda não comprovadas a grande imprensa explora escandalosamente os fatos, na mais primária linguagem denuncista, procurando criar a imagem de que essa mesma grande imprensa está vigilante na defesa da moralidade pública.
Além de ser injusto esse procedimento, privilegiando nas denúncias os agentes públicos, que seriam os corruptos, e cobrindo com o manto do silêncio os grandes corruptores do setor privado, sem cuja participação a corrupção não ocorreria, tem existido muita leviandade nas denúncias, apresentando-se suspeitas ou insinuações como se fossem fatos comprovados. Mas é ingênuo pensar que as distorções desse denuncismo não são percebidas, estando evidente a existência de “corruptores amigos” que ficam sempre resguardados. E isso tudo vem acarretando, como seria inevitável, a perda de credibilidade da imprensa denunciante, pois muitos já perceberam que sua postura, que pretende ser vista como expressão de uma cruzada moralista, na realidade preserva os principais agentes e beneficiários da corrupção. A moralidade no setor público é absolutamente necessária, e todos os que atentam contra ela devem ser punidos, mas para isso não contribui o denuncismo leviano e seletivo. (Dalmo de Abreu Dallari é jurista)

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