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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Competência ou desleixo?
     Outro dia o deputado estadual José Riva “escreveu”um comentário tentando explicar os motivos “que me levaram a trilhar na área política”. E diz que um deles foi “o descaso em que vive a população, especialmente, a menos favorecida. Nesses anos todos tive a oportunidade de vivenciar problemas relacionados às esferas municipal, estadual e federal. E olha que já se vão 30 anos, e os problemas continuam a afligir a nossa gente. A tão propalada falta de eficiência nos serviços públicos e essenciais: Saúde, Educação, Segurança Pública e Infraestrutura”.
     E vai mais longe no seu comentário: “Esse questionamento posso fazer com ganho de causa, pois conheço muito bem Mato Grosso, onde faço questão de percorrer semanalmente vários municípios para constatar a realidade. Mas, afinal de quem é a culpa? Do município, do estado ou do Governo Federal?
     Ora, senhor deputado José Riva; fácil de saber de quem é a culpa! Basta olhar para si mesmo e, para a maioria dos políticos comoprometidos com interesses pessoais. E o povo que se dane.....Engane-me que eu gosto.....  
O Instituto Verificador de Circulação, que mede as vendas dos jornais do país, tanto nas bancas quanto através de assinaturas, revelou – O Estado de São Paulo de domingo 24, reportagem de Marili Robeiro – que no primeiro semestre deste ano eles cresceram 4% em relação ao volume de igual período de 2010. O que representa – acrescento eu – avanço de três vezes mais que o aumento da população entre um período e outro. Logo, o hábito de ler jornal avançou em termos reais. A população brasileira cresce a uma velocidade anual de 1,3%, de acordo com o IBGE. A taxa de nascimentos atinge 1,9 e a da mortalidade 0,6%. O presidente do IVC, Pedro Martins Silva, destaca a importância informativa da expansão do mercado de leitura.
O jornal de maior circulação no país é a Folha de São Paulo, média diária de 305 mil exemplares. Suas vendas cresceram 5% em doze meses. Mas o Estado de São Paulo, cujas vendas atingem 253 mil exemplares, entretanto foi o que mais cresceu percentualmente no primeiro semestre de 2011 em relação aos primeiros seis meses do ano passado: 9,4%.
São, a meu ver, muito importantes os dados obtidos e divulgados pelo Instituto Verificador de Circulação. O IVC destrói a tese de que, com a Internet, a circulação dos jornais diminuiria. Ao contrário: aumentou. E não só agora. Já havia crescido ouros 4% no confronto entre o primeiro semestre de 2009 e o primeiro semestre de 2010. O movimento para cima, portanto, parece indicar uma tendência firme e constante.
É natural. Pois à medida em que se amplia o acesso à Internet, desencadeia-se paralelamente uma busca mais intensa no sentido da informação e principalmente da opinião e da análise, aspectos que a Internet não aprofunda tanto quanto os jornais. Eis aí a diferença essencial entre a tela mágica e a página impressa. A tela é para ver. A página para ler.
O que não significa que a Internet seja menos importante. É igualmente importante. E leva vantagem total quando se trata de pesquisar e obter resultados esperados. A rapidez é impressionante, a eficiência também.
Entretanto, na comparação, surge uma outra diferença igualmente decisiva: na Internet, quem navega parte em busca de respostas que deseja obter. Segue uma espécie de roteiro de viagem. Nos jornais, os leitores se deparam, todos os dias, com fatos que eles não estavam esperando e procurando. E, por isso, se surpreendem. Este fator surpresa é uma das essências mais fortes do jornalismo de papel, portanto do jornalismo impresso.
O levantamento do IVC não incluiu – pelo menos Marili Ribeiro não citou – dados sobre a circulação das revistas semanais, com Veja disparado à frente, seguida pela Época. Se o IVC tivesse pesquisado esse segmento, certamente a imprensa de papel apresentaria número de leitores ainda mais elevado. Falei em número de leitores, agora, e não em exemplares. Isso porque o número de leitores, no Brasil, em média, é 3,5 vezes maior que o da circulação de exemplares. Ou seja: cada jornal é lido, em média, por mais de três pessoas. Portanto, considerem esta face da questão, que é fundamental.
O IVC apresentou a relação dos jornais de maior circulação: Folha de São Paulo (305 mil), Super Notícia, jornal popular de Minas Gerais (302 mil), O Globo (264), O Estado de São Paulo(253), Extra (235), Zero Hora de Porto Alegre (187 mil), Diário Gaucho (163), Meia Hora, editado pelo O Dia (153 mil), Correio do Povo do RS (152). Como se constata, na linha popular do RJ, o Extra (Globo) derrota amplamente O Dia. Mas o Meia Hora, de O Dia, vence fácil a disputa com o Expresso, outro produto Globo. Vamos guardar todos esses números para compará-los com os que forem publicados sobre o panorama no primeiro semestre do ano que vem. O IVC considerou apenas os 98 principais títulos jornalísticos do país. Existem mais de 900 jornais menores (Pedro Couto

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