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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Galindo persiste e insiste na Agência
Novo projeto já está na Câmara de Cbá
      A manchete principal do DC na primeira página de hoje:” “O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), encaminhou ontem à Câmara Municipal projeto criando uma nova Agência de Regulação dos Serviços de Saneamento da Capital. Diferente da primeira vez, Galindo quer resguardar toda a publicidade possível para a criação da Agência e aprovação do projeto, que prevê a concessão da Sanecap à iniciativa privada, evitando assim acusação da lei ter sido aprovada na surdina.
     A nova mensagem foi protocolada no Legislativo em regime de urgência urgentíssima, dispensando assim a passagem por todas as comissões da Casa. Caso os vereadores queiram, se o projeto foi lido hoje, a votação pode acontecer na quinta-feira. “É uma prerrogativa do prefeito de encaminhar nesse regime para ser o mais rápido possível e não ficar com tanta discussão. Discussão é após, na fase de elaboração do edital”, disse o prefeito. Sempre sorridente ( muito riso pouco sizo) o prefeito Galindo reuniu a acomodada e deligente imprensa cuiabana para dizer que novo projeto sobre a concessão da Agencia Sanecap já está na Câmara Municipal de Cuiabá. Agora é com os vereaddores. Deve-se lembrar que o que foi “acertado” não pode ser voltado atrás. E, pronto!

 A “turma da botina” começa a deixar Silval
      O jornal Diário de Cuiabá deu a seguinte notícia no dia de hoje: “O secretário de Estado do Meio Ambiente, Alexander Maia, não resistiu às pressões políticas e anunciou a saída da pasta. Ele afirmou que não pediu para deixar a função, mas que o desgaste político surgido pelo posicionamento que tem fez com que entregasse o cargo ao governador Silval Barbosa (PMDB), que aceitou. O nome do futuro secretário ainda não foi divulgado, mas, caso os acordos políticos sejam mantidos, deverá ser ligado ao Partido da República (PR).” A partir desse pedido de demissão pode-se dizer que a “turma da botina”, comandada pelo senador Blairo Maggi começa a virar a cara para o governo de Silval Barbosa, que já não anda muito bem. E vem mais pedidos de demissões.   

Carlos Chagas
Nem tudo parece perdido, no lodaçal de denúncias de corrupção em que se transformou a atividade partidária. Há sinais de reação em diversos setores. Tome-se o PMDB, hoje situado no centro do palco. Seus ministros, com exceções, sofrem para continuar ministros na medida em que seus ministérios são atingidos por petardos diários. Os dirigentes maiores buscam preservar os acusados, com Henrique Eduardo Alves, líder na Câmara, e Michel Temer, vice-presidente da República, tentando recompor estruturas postas em frangalhos.
O promissor é assistir parte das bancadas do partido insurgindo-se contra o grupo protecionista e passando a exigir que a carga podre seja jogada ao mar. São deputados jovens, em maioria, daqueles que nenhuma participação tiveram nas indicações para cargos no governo e não apresentaram emendas individuais ao orçamento pelo simples fato de não serem deputados, na Legislatura passada.
Junto com esses frutos da renovação do PMDB situam-se antigos líderes sem relacionamento maior com a cúpula, como Pedro Simon, Roberto Requião, Luís Henrique e Jarbas Vasconcelos, agrupados com alguns experientes de primeiro mandato, como Pedro Taques. Mostraram o pescoço e criaram a Frente contra a Corrupção, na qual pretendem integrar outras forças partidárias e representantes de entidades da sociedade civil. Essa onda, se crescer, tentará neutralizar a péssima imagem adquirida pelo PMDB nos últimos anos. Quem sabe?
***O FIM E OS MEIOS
A moda continua de culpar a imprensa pela turbulência verificada no quadro político atual. Cada denúncia apresentada pelos jornais, revistas e meios eletrônicos é tida pelos atingidos como solerte manobra dos adversários para atingi-los injustamente, por motivos menores. É claro que muito do material divulgado provém mesmo de adversários internos de ministros contestados em seus partidos e em seus ministérios, sem esquecer o potencial investigativo dos meios de comunicação.
A esse propósito, duas citações na História recente. Teng Xiau-Ping, na China, dizia desconsiderar a cor dos gatos, desde que comessem ratos. E Winston Churchill acentuava que se o Capeta batesse à sua porta, com seus pés de cabra, para propor uma aliança contra Hitler, ele não hesitaria em mandá-lo entrar.
Se as acusações são procedentes, importa menos a sua origem.

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