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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Conversa de sempre
Silval promete “enxugar a máquina”

De olho no Alencastro
Maluf e Ana Flávia

A imprensa dependente
Egocentrismo no Tribunal de Contas
Cada tela com rosto de um conselheiro custou R$ 3.375,00.

Ademar Adams conta alguns capitulos
Da história da Assembléia Legislativa






A imprensa que depende
do Poder Público
     Parte da imprensa da Baixada Cuiabana, sites, principalmente, ao reclamar, publicamente, de que não foi tratada de acordo com o combinado, na viagem a Itiquira, para dar cobertura jornalistica aos atos do governador Silval Barbosa, deu uma clara demonstração da sua dependência do poder público. E uma dependência vergonhosa. Pois, os jornalistas que viajaram dependendo do ônibus alugado pela Secom e, lamentaram a falta de almoço, quem sabe desconhecem a maneira de se manter independente para poder  mostrar os fatos como eles são.
     É bom lembrar que fora de Mato Grosso a maioria dos meios de comunicação dá diárias aos seus repórteres, seja para  fazer reportagens fora da cidade ou Estado e, principalmente, para acompanhar comitiva governamental.
     E em Mato Grosso essa situação é tão familiar e íntima que a Secom do Estado resolve se desculpar, publicamente e, até fala em punir os culpados pelos maus tratos com a melindrosa parte da imprensa mato-grossense.


 Silval também promete “enxugar”a máquina  
      O governador Silval Barbosa, de Mato Grosso, não é o primeiro em inicio de governo, tampouco será o último a falar sobre enxugamento da máquina administrativa, prometendo demissões e cortando recursos daqui e dali. Sai governo e entra governo e a história se repete de há muito tempo. Os discursos são quase semelhantes, mudam apenas alguns números e, ao fim a máquina administrativa continua “inchada”como sempre.
     O governador Silval Barbosa recomendou, segundo escreveu a sua assessoria, “atenção, cuidado quanto aos gastos, mas sobretudo dar toda prioridade as obras e investimentos que envolvam a Agecopa.”
     Já o secretário Chefe da Casa Civil, Eder Moraes, que alguns meios de comunicação andam dizendo que sairá em maio,  disse que há uma tendência de contingenciamento, algo próximo dos 20% do orçamento, que sugere um corte em torno de R$ 300 milhões, mas não há nada taxativo. O secretário garantiu que os recursos da Saúde, Educação, Segurança e as obras da matriz de responsabilidade da Fifa não vão sofrer nenhum tipo de corte.
     Preste atenção: “Governo não precisa criar nenhuma síndrome de falência para justificar medidas duras de contenção de gastos”


   Ao invés de fotografia barata
Conselheiros preferiam tela cara

     A própria assessoria de imprensa do Tribunal de Contas de Mato Grosso anuncia que o órgão,  ou poder público, está reorganizando o Memorial Rosário Congro, espaço que reúne toda a memória da instituição, com documentos, objetos, fotografias e móveis etc. Mas não diz quanto vai gastar para fazer isso. O memorial será transferido para o Salão "Dr. Paraná", localizado ao lado do Plenário de Deliberações. O projeto de reformulação está sendo coordenado pela Escola Superior de Contas.
     Segundo se sabe e, alguns meios de comunicação já divulgaram, o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso gastou, neste mês, R$ 111 mil com a compra de 33 telas do artista plástico Vitor Hugo. Com formato de 0,50 cm x 0,40 cm, as telas retratam os ex-presidentes da instituição e os atuais sete conselheiros.
     Outros meios de comunicação lembram que cada tela, feita com técnica óleo, custou R$ 3.375,00 e o serviço foi encomendado através de ato de inexigibilidade de licitação e orientação de parecer jurídico. O ato de autorização é da presidente da Comissão Permanente de Licitação, Carla Cristiny Esteves de Oliveira, datado de 09 de fevereiro passado.
     A assessoria do alega ainda que “prevaleceu na escolha do artista Victor Hugo o fato de o artista ter feito trabalho similar para a preservação da memória do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e da Academia Brasileira”.

 De olho no Alencastro
Maluf e Ana Flávia

     Para não perder o costume, ou quem sabe a tradição, a chamada “grande imprensa” de Mato Grosso, os sites, blogs e twites, já comentam com desenvoltura verbal e argumentos imaginativos os possiveis nomes que chegarão a disputar a prefeitura de Cuiabá nas próximas eleiçoes. Nomes não faltam. Tipos Sergio Ricardo, Mauro Mendes, com respaldo eleitoral no municipio.Mas, outros ainda deverão aparecer ao longo do tempo. E, principamente, quando a campanha, realmente, estiver a todo o vapor.
     Além de Sérgio Ricardo, que, também quer ir para o Tribunal de Contas e,Mauro Mendes, tem sido lembrados com bastante persistencia os nomes do deputado estadual Maluf e uma garota chamada Ana Flávia, do PcdoB, que alcançou uma boa margem ded votos ao se candidatar a deputada federal. É espeerar para ver se esses dois nomes, pelo menos, resistem até ás eleições.   

Riva e o lamaçal na Assembléia             
por Ademar Adams

     Tenho pra mim que Riva pensa que vai continuar a enganar todo o mundo o tempo todo.  Digo isso depois de refletir sobre as declarações dele na entrevista na TV Centro América, quando afirmou que foi ele quem tirou a Assembléia Legislativa do lamaçal. Tirou?
     Vamos refrescar a memória de todos: Quando o Baixinho estava pela primeira vez lá como 1º Secretario, a coisa andava apertada. O então deslumbrado Fabris, que como presidente da casa de leis foi tão vergonhoso como é o atual, gastava a grana pública adoidadamente. Lembram da farra de passagens com certa agência? Pois é.
     Aí as contas da Assembléia passaram a não fechar. A grana não dava para todas as loucuras. Com as contas atrasadas, devendo para meio mundo, teve um empresário que encheu a cidade de outdoor com a foto do Riva e a palavra “Mentiroso”. Falava-se até em criar uma associação dos cobradores do Riva.
     Foi neste tempo que o gastador Gilmar Fabris resolveu fechar as portas da Assembléia, para exigir do governo Dante de Oliveira mais dinheiro para o legislativo.
     Mais tarde veio a lambança com dinheiro público da Assembléia nas Factorings do Arcanjo, onde até o “homem das direitas já” teria se envolvido. Isso me leva a desconfiar que o então barbudo governador tenha descoberto que fazer triangulação com sabichões da Assembléia era bom, e aí acertaram a elevação dos repasses.
     Aliás, em sua primeira campanha ao governo, Blairo Maggi cacarejava que o dinheiro para o legislativo era demais, que iria mudar aquilo. Depois o sojicultor ficou amigo do Baixinho e o mar de grana continuou escorrendo para os deputados numa farra, que segundo consta, permite a Assembléia gastar dois milhões de reais por mês com propaganda.
     Mas ainda teve aquela jogada de achar uma saída para a falta de grana na Assembléia quando inventaram os empréstimos no Banco Real, logo que surgiu esse negócio de crédito consignado. Fizeram 166 consignações. Foi pra meio mundo, fantasmas e gente que nunca nem passara perto do então Palácio Filinto Müller.
     O negócio estourou e a dívida então de cerca de 900 mil reais foi quitada com um cheque da Assembléia. Na época o impoluto Tribunal de Contas disse que estava tudo dentro dos conformes. Não concordou o Ministério Público, mas nesta instituição parte dos membros não é séria, segundo o Riva afirmou na entrevista citada. Também o STJ viu desfalque no caso e até hoje processa Bosaipo por uma série de crimes e mandou continuar o processo penal contra Riva e os demais na Justiça Estadual. Bom pra eles...
     Nem vou falar dos mecanismos usados depois por Riva e seus companheiros, para gastar a grana, pois, temo que este assunto a dignissérrima justiça, liminarmente, disse que não se pode falar, pois, a acusação de que Riva desviou meio bilhão do erário é fofoca dos promotores que não gostam da brilhantina que ele usa na calva.
     Bom, mas então esse papo do Zé Riva de que ele tirou a Assembléia da lama, me parece um ato falho do ainda deputado. Esqueceu que não se fala de corda em casa de enforcado, pois, misturar Riva, Assembléia e lama, já forma na cabeça de quem ouve um “tudo a ver” ululante.
     Mas, naquele lamaçal eu temo que não seja só mistura de água e terra que existe. É que depois de ver mais uma dúzia de New Riva Boys colocar o carequinha de novo no comando da casa, devo dizer que após a última eleição aumentou muito lá o estoque de excrementos. Haja latrina...( Ademar Adams é jornalista em Cuiabá-MT)

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