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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Éder acha feio o que não é espelho

     Éder Moraes é assim tão…tão…tão tudo! Tempos atrás, quando ainda era secretário de fazenda de MT, ele arrumou, sabe-se lá como, uma beira pra fazer um discurso no dia do Trabalhador em SP. Era naquele palco lateral que a Força Sindical arruma pra companheiros sindicalistas protestarem e celebridades instantâneas da política discursarem. Ao lado, no palco central, shows populares. Mas Éder pediu que sua assessoria enviasse release com os seguintes dizeres: “Éder discursa para multidões em São Paulo”. Hahahahaha Fiquei imaginando o congestionamento que se formaria em SP por causa da fala de Éder.
     Hoje o jornal MTTV, da Globo local, fez uma reportagem sobre a palhaçada da mudança de localização de uma obra da Copa e foi entrevistá-lo. Em seu gabinete, sentado numa mesa de reunião tendo atrás de si um porta-retrato. De quem era a foto? Do próprio. Olhem nas imagens.
     Foram vários os exemplos de sua personalidade, como a vez em que ele convocou a inteligência da Polícia Militar de MT, para descobrir quem vazou informações, que eram públicas, mas que ele não queria divulgar.
     Certa vez estávamos no mesmo vôo para São Paulo. Éder entrou, sentou pela 6ª ou 7ª fileira e depois que todos os passageiros estavam acomodados, ele se levantou e ficou parado, pregado em pé, como se quisesse ser visto, ser notado, talvez até esperasse alguém lhe pedir autógrafo. Senti um misto de vergonha alheia com pena.
     A megalomania, a vaidade e a prepotência deste homem ainda vão acabar com este estado. Escrevam o que estou dizendo. Mentes assim costumam ser perigosas. (Publicado por Adriana Vandoni no blog Prosa & Poesia)|


Roberto Monteiro Pinho

     A imagem que a população faz do Judiciário brasileiro – que não tem sido das melhores principalmente no que se refere às diferenças de tratamento entre ricos e pobres, visto a herege discussão sobre o jus postulandi e a gratuidade de justiça, e por isso a descrença no serviço público como um todo, é pública e notória.
     Segundo o jurista Kazuo Watanabe, (…) “a crise de credibilidade do Judiciário decorre da crença popular de que a Justiça estatal é lenta, cara e complicada, tornando inútil à tentativa de acesso à prestação jurisdicional”. “Há motivos para acreditar, todavia, que há um outro componente nessa crise de credibilidade: a desconfiança de que o Judiciário confere tratamento desigualitário”.
     Em razão de possível antagonismo, as opiniões descritas, se baseiam em pesquisas divulgadas pelos mais conceituados institutos do país. Retroagindo ao ano de 1975, uma pesquisa realizada no interior do Estado do Espírito Santo, 27,8% dos entrevistados afirmou que a Justiça nunca tratava ricos e pobres com igualdade. Esse número aumentou para 61,4% quando a mesma pergunta foi feita na capital (Vitória) desse Estado.
     Decorridos vinte anos uma pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi, na qual foram ouvidas 3.075 pessoas distribuídas entre as cinco regiões do Brasil chegou-se a resultado alarmante: para 80% dos entrevistados, a Justiça é mais rigorosa para os pobres do que para os ricos, e, para 61%, é mais rigorosa para os negros do que para os brancos.
     Nessa mesma pesquisa do Instituto Vox Populi, 35% dos entrevistados afirmaram que nunca confiam no Judiciário, e 38% que confiam pouco. Já a pesquisa da revista Veja, de 11.04.84, disse que 46% dos brasileiros acreditam na Justiça muito pouco ou quase nada. Pesquisa do Jornal Folha de São Paulo, de realizada em maio de 1984, indicou que 57% dos paulistas não confiam no Judiciário.
     Uma outra pesquisa realizada pela empresa de publicidade Grottera, – baseada na pergunta: “Quem ajuda a fazer mais justiça no Brasil?” -, 26% das pessoas que foram entrevistadas afirmaram que o Poder Judiciário, “não servia para nada” enquanto que apenas 10% responderam que o Judiciário contribui para a realização da justiça. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou na segundo semestre de 2011 uma lista das 100 maiores empresas e instituições envolvidas com processos na Justiça. De acordo com o levantamento, o setor público federal e os bancos respondem por cerca de 76% do total de processos, cada um com 38% de participação.
     No ranking geral nacional, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) está em primeiro lugar, figurando em 22,3% dos processos, seguido pela Caixa Econômica Federal (8,5%) e pela Fazenda Nacional (7,4%). Na lista dos dez primeiros, apenas as quatro últimas posições são ocupadas por instituições privadas: Bradesco (3,8%), Itaú (3,4%), Brasil Telecom (3,3%) e Banco Finasa (2,2%). Na Justiça do Trabalho, a União é a parte que está presente no maior número de processos (16,7%).
     O grande questionamento que faço, é o de saber exatamente o que interessa para o judiciário, ou a população e vice versa, só que se levando em conta a extrema potencialidade de necessidade na solução das querelas sociais, pela via jurídica, é necessário que a população consiga resultados que estão ao extremo dos atuais, ou seja: que a entrega do serviço jurisdicional não seja tão medíocre.

O PASSADO E O FUTURO
Velhos jornalistas, até com certa razão, dirigem-se aos jovens lembrando que no tempo deles o Congresso era diferente, eivado de luminares e pleno de altos debates políticos. Falam de Afonso Arinos, Aliomar Baleeiro, Prado Kelly, Milton Campos, Carlos Lacerda, Gustavo Capanema,Vieira de Mello, Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, Amaral Peixoto e outros.
É bom tomar cuidado, porque ninguém garante que daqui a 50 anos os jovens repórteres de hoje não afirmem aos que estarão começando as excelências do Congresso de seus tempos iniciais. “No nosso tempo tínhamos Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha, Romero Jucá, Romário e Tiririca…”

As disputas pelas prefeituras

     A cinco meses do prazo final para a escolha dos candidatos, o clima de campanha eleitoral começa a dominar as rodas de discussão política nas principais cidades de Mato Grosso. Como os partidos ainda não podem colocar o bloco das campanhas nas ruas, o momento é de forte especulação de quem será o nome escolhido para entrar na corrida pelas prefeituras.
     Assim como ocorre nos demais estados, a eleição municipal em Cuiabá, primeiro maior maior colégio eleitoral do Estad, é considerada uma espécie de prévias para a próxima eleição governnamental de 2014.
     Segundo a Justiça Eleitoral, o prazo final para a escolha dos candidatos vence em 30 de junho. A julgar, hoje, pela quantidade significativa de pré-candidatos a prefeito, será uma tarefa dura filtrar o pretendente com mais chances de vitória.
     Aqui, em Mato Grosso, a disputa pelas cidades com grande eleitorado vai colocar em evidência um embate com proporções bem maiores entre as principais lideranças  políticas do estado. Até agora, nada oficial, muito menos oficiosamente.


Investigação em tribunais
estaduais poupa desembargador
     Apenas 1% dos 1.333 processos contra juízes dos tribunais de Justiça no País envolvem desembargadores, o cargo mais alto, mostra levantamento feito pelo Estado no Conselho Nacional de Justiça. A relutância em investigar desembargadores é um dos argumentos da corregedora do CNJ, ministra Eliana Calmon, para manter os poderes de investigação do conselho. Ontem, ela disse que as corregedorias estaduais atuam como "ilhas".


Servidores provocam guerra entre poderes
Depois de perder a batalha por reajustes salariais no Orçamento de 2012, o funcionalismo público volta a ser tema de acirrados debates no Congresso. Desde o ano passado, o governo federal vem reduzindo a liberação de nomeações dos aprovados em concursos - a queda foi de 44% em relação a 2010 - e agora condicionará um maior número de contratações à lei que cria o fundo previdenciário da categoria, pressionando os parlamentares. A proposta sofre resistência dos servidores, que também já mobilizaram seus sindicatos. Em outra frente, a União vem controlando os gastos com o pessoal. As despesas com a folha salarial, em 2011, tiveram aumento de 7,7%, contra 9,8% registrados há dois anos

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