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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Análises desmedidas

 Gilmar Lisboa

     Como em toda véspera de eleição, opleito eleitoral deste ano em Várzea Grande tem tirado do armário dublês demarqueteiros políticos, pseudos analistas desta área e até fanfarrões que usamnomes de divindades espirituais e outras tantas do gênero para esboçar opiniões, sem qualquer nexo, sobre as chances deste ou aquele candidato de sedar bem nas urnas.
     Essas frágeis análises, em sua grandeparte, não passam de balela desses personagens, muitos deles atuando em favorde seus candidatos para, lá na frente, poderem usufruir, quem sabe, dasbenesses do poder.
     Os verdadeiros números, ou pelo menosaqueles que aproximam o atual momento político do que deve se concretizar lá nafrente, só vão começar a aparecer, e com grandes chances de coincidirem com oque pensa o eleitorado, depois das convenções partidárias de junho, quando ospartidos e alianças terão definido seus candidatos e os rumos que tomarão naseleições municipais.
     Enquanto isso, nomes como os dosenador Jaime Campos (DEM), por três vezes já prefeito de Várzea Grande e comgrandes chances de voltar a disputar o comando da cidade; Walace Guimarães eNico Baracat, ambos do PMDB; Wilson Grafitte e Julio Neto, a exemplo de Jaime,igualmente do DEM; e do prefeito Tião da Zaeli (PSD), sem contar outros demenor expressividade, se revezam de boca em boca dos que passam as horas usandoa matemática para tentar passar, aos menos avisados, previsões que, em muitos casos, não rimam com a realidade.
     Para o eleitor menos instruído, adica é que espere as convenções partidárias passarem e as pesquisas de opiniãode maior credibilidade saírem às ruas, para consolidar o seu desejo acerca dequem deverá merecer o seu voto nas urnas.
     Tomar decisões precipitadas acercadesse ou aquele candidato, baseado em análises precoces sobre o pleito deoutubro, é o mesmo que jogar na latrina, de forma antecipada, um voto que, sedecidido de forma mais consciente, poderá mudar a cambaleante e poucotransparente política que, há décadas, pune com ações distorcidas a populaçãovarzeagrandense.
* O autor do artigo é jornalista em Várzea Grande e editor-chefe do  blog "Política & Cia"  (www.gilmarlisboa.wordpress.com) e do jornal semanário Gazeta da Cidade, da mesma cidade.

Jovens x violência: Há, sim, soluções

Paolla Reis

     É triste relatar que de cada dez fatos com prática de violência, em Cuiabá, sete têm a participação de jovens com idade entre 13 e 24 anos. Segundo especialistas, esta triste estatística muitas vezes advém da falta de estrutura familiar, gravidez precoce, somando à pobreza, a ocorrência de abusos e maus tratos, a imersão no mundo das drogas, entre outras situações.
     O modelo de família considerado “ideal”, ainda transmitido e predominante em nossa cultura, é o da família tradicional com pai, mãe e filhos, mas esta não é a única forma de organização familiar existentes nos dias de hoje. A partir dos anos 80 novos modelos de família começam a emergir com as famílias monoparentais, por mulheres divorciadas, mães solteiras e viúvas.
     Passamos por modificações e reestruturações na organização familiar, num momento onde impera o individualismo, a globalização, o consumismo desenfreado, a nova ordem econômica mundial, as novas tecnologias e outros fatores que modificam as relações de trabalho, as relações pessoais e consequentemente as relações familiares.
     Mas mesmo com todas essas modificações na sociedade, conheço muitas famílias de pouco poder aquisitivo que criaram seus filhos longe das drogas e do crime.
     Verdade seja dita: é importante detectar as causas dessas violências, mas esse não deve ser o foco exclusivo. Focando em soluções, principalmente as já existentes, não há como não prestar atenção aos programas de governo federal (Bolsa Família, Projovem, PETI etc..), aos projetos desenvolvidos pela comunidade e igrejas.
     Para contribuir com o debate acerca dessa importante questão, quero compartilhar a excelente impressão que tive de um projeto que conheci recentemente e que acredito que contemple ideias e iniciativas fundamentais para minimizar esse grave problema social. Trata-se do projeto denominado “QUALIFICAÇÃO REMUNERADA”.
    Não é uma ideia nova, simplesmente ainda não ganhou o gosto dos gestores.             Adolescentes poderiam estudar em um período e se qualificar no outro. Em contrapartida receberiam salário mínimo. Este projeto poderia atender os jovens da 8° série ao 3° ano do Ensino Médio. Conversando com algumas pessoas sobre a ideia, algumas me disseram achar um salário muito. Sem pestanejar, respondi que é bem menos que todo estrago que vivemos. Violência urbana, dignidade dos envolvidos, a insegurança, enfim, valores que vão além do financeiro, valores morais, entre outros.      Assim, os exemplos não são poucos e estraçalham valores que vão além do financeiro. Acredito que, enquanto a tão sonhada educação em período integral não acontece, para todos, qualificação remunerada surge como uma importantíssima solução.
(Paolla Reis é gestora pública e assessora parlamentar do senador Pedro Taques).


Paulino F. Campos
      
     Como diria Boris Casoy, “Isto é uma vergonha!” A educação pública no Brasil só é boa (será?) para quem é rico. O rico estuda na escola privada (as melhores), depois vai para a universidade pública, que geralmente são as melhores.
     O pobre estuda na escola pública e, se conseguir terminar o segundo grau e quiser fazer alguma universidade, se vira na universidade particular ou, melhor dizendo, faculdade particular(caça-níqueis), se for capaz e conseguir pagar.
     O resultado é que a maioria nem tenta fazer uma faculdade. Razão tinha o então ministro da Educação Cristovam Buarque, quando defendia a federalização da Educação básica do Brasil para tentar corrigir os desníveis do ensino no País e, ainda mais, remunerar com mais dignidade os que trabalham na educação no Brasil.
     Nada disso aconteceu. Buarque foi demitido (por telefone), botaram lá um garotão que o Brasil nem sabia quem era, e o governo optou por “programas” que lhe deem respostas imediatas para fins eleitoreiros, mas o País continua com uma educação precária.
     Quando será que teremos um estadista à testa dos destinos do Brasil? A julgar pelo nível de consciência política que nosso povo tem, nunca chegaremos lá. Afinal cada um que chega ao poder, vem financiado pelos mesmos grupos de interesses pessoas ou empresariais. Assim, não vamos a lugar nenhum.

Carlos Newton
     As trapalhadas com a privatização dos três aeroportos foram tão graves que o governo imediatamente desistiu de privatizar os outros. Logo após os leilões, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se apressou em anunciar que a concessão à iniciativa privada de outros aeroportos está descartada.
     Mantega negou que o governo pretenda privatizar os aeroportos internacionais do Rio de Janeiro (Galeão-Tom Jobim) e de Confins, em Minas Gerais. O ministro também assegurou que não está em estudo a transferência de aeroportos regionais para estados e municípios. “Vamos consolidar aquilo que está sendo feito”, justificou.
O ministro descartou ainda a possibilidade de os R$ 24,5 bilhões obtidos pelo governo no leilão de outorgas dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas serem usados para reforçar o superávit primário, que é a economia de recursos que o governo faz para pagar os juros da dívida pública. Apesar de, em tese, o dinheiro poder ser empregado na ampliação do esforço fiscal, o ministro garantiu que os recursos financiarão investimentos nos terminais aéreos do país nos próximos anos.


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