O ditado
popular que diz que “tempo é dinheiro” também pode
ser usado para explicar o caso do Veículo Leve sob Trilhos (VLT). As obras,
ainda em sua primeira etapa, localizadas no final na 516 Sul, estão paradas
desde setembro do ano passado e, até o momento, não há nenhuma estimativa de
quando elas possam recomeçar. De acordo com o engenheiro civil, Ronald
Jefferson, estima-se que, a cada mês, a obra encareça em torno de R$ 27 milhões
a R$ 35 milhões, ou seja, o prejuízo hoje chega a R$ 162 milhões, já que ela
está seis meses parada.
Segundo o
engenheiro civil, cada obra tem diferentes tipos de cálculos, mas existe uma
média de o quanto uma reforma parada pode causar de prejuízo. “Para saber um valor exato é
preciso avaliar o tipo de serviço prestado e a quantidade de meses em que a
obra vai ocorrer, mas ainda assim, podemos dizer que se ela ficar parada por
muito tempo pode ter um prejuízo até 35% no valor total”, afirma.
Geralmente,
o valor mais alto que se tem em uma obra é o acabamento. Já no VLT, a reforma
ainda está em fase inicial. Mesmo assim, não é descartada a possibilidade de
haver um novo cálculo do no custo total do projeto. “Para fazer uma estimativa
bruta de quanto uma obra pode encarecer é preciso levar em consideração o prazo
estipulado para sua entrega, além do valor que foi orçado”, explica o especialista.
O
engenheiro disse ainda que o valor pode sofrer um acréscimo para recuperar o
atraso. Ele disse que às vezes é preciso dobrar o número de trabalhadores e
bancar outros profissionais enquanto a obra não tem continuidade, contratar
outras empresas para adiantar o serviço, sem contar nos materiais e
equipamentos, que devem ser pagos mesmo se não foram utilizados. “Nada é barato. O aluguel de
um simples guindaste, por exemplo, pode custar até R$ 13 mil a hora. O dono do
guindaste não vai se importar se a construção parou ou não, ele vai querer
receber o que foi combinado”,
afirmou.
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