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sábado, 16 de março de 2013

VLT – Veículo dos sonhos vira um pesadelo


     O ditado popular que diz que “tempo é dinheiro” também pode ser usado para explicar o caso do Veículo Leve sob Trilhos (VLT). As obras, ainda em sua primeira etapa, localizadas no final na 516 Sul, estão paradas desde setembro do ano passado e, até o momento, não há nenhuma estimativa de quando elas possam recomeçar. De acordo com o engenheiro civil, Ronald Jefferson, estima-se que, a cada mês, a obra encareça em torno de R$ 27 milhões a R$ 35 milhões, ou seja, o prejuízo hoje chega a R$ 162 milhões, já que ela está seis meses parada.

      Segundo o engenheiro civil, cada obra tem diferentes tipos de cálculos, mas existe uma média de o quanto uma reforma parada pode causar de prejuízo. “Para saber um valor exato é preciso avaliar o tipo de serviço prestado e a quantidade de meses em que a obra vai ocorrer, mas ainda assim, podemos dizer que se ela ficar parada por muito tempo pode ter um prejuízo até 35% no valor total”, afirma.

     Geralmente, o valor mais alto que se tem em uma obra é o acabamento. Já no VLT, a reforma ainda está em fase inicial. Mesmo assim, não é descartada a possibilidade de haver um novo cálculo do no custo total do projeto. “Para fazer uma estimativa bruta de quanto uma obra pode encarecer é preciso levar em consideração o prazo estipulado para sua entrega, além do valor que foi orçado”, explica o especialista.

     O engenheiro disse ainda que o valor pode sofrer um acréscimo para recuperar o atraso. Ele disse que às vezes é preciso dobrar o número de trabalhadores e bancar outros profissionais enquanto a obra não tem continuidade, contratar outras empresas para adiantar o serviço, sem contar nos materiais e equipamentos, que devem ser pagos mesmo se não foram utilizados. “Nada é barato. O aluguel de um simples guindaste, por exemplo, pode custar até R$ 13 mil a hora. O dono do guindaste não vai se importar se a construção parou ou não, ele vai querer receber o que foi combinado”, afirmou.

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